quinta-feira, 21 de julho de 2011

A CREDIBILIDADE DA BIBLIA

O CANON SAGRADO
 O SIGNIFICADO DA PALAVRA CÂNON
A palavra cânon tem raiz na palavra "cana", "junco" (do hebraico geneh, através do grego kanon). O "junco era usado como uma vara para medir e avalia"  mais tarde teve o sentido de "lista" ou "rol.”
Aplicada às Escrituras, a palavra cânon significa "uma lista de livros oficialmente aceitos".
Deve-se ter em mente que a igreja não criou o cânon nem os livros que estão incluídos naquilo que chamamos de Escrituras Sagradas. Ao contrário, a igreja reconheceu os livros que foram inspirados desde o princípio, foram inspirados por Deus ao serem escritos.
E a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia seja sobre eles e sobre o Israel de Deus (Gl 6:6). Nos, porém não nos gloriaremos sem medida, mas respeitamos o limite da esfera de ação que Deus nos demarcou e que se estende até vós (2Co 10:3).
"Não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios, e tendo esperança, de que, crescendo a vossa fé, seremos engrandecidos entre vós, dentro da nossa esfera de ação (2Co 10:15).
A Bíblia, como o cânon sagrado, é a nossa norma ou regra de fé e prática. Diz-se dos livros da Bíblia que são canônicos para diferenciá-los dos apócrifos. O emprego do termo cânon foi primeiramente aplicado aos livros da Bíblia por origines (185-254 d.C).

CÂNON - DATAS E PERÍODOS
O Novo Testamento foi completado em menos de 100 anos, pois seu último livro, o apocalipse, foi escrito cerca de 96 dC. Isto é, dá um total de 1.142 anos para a formação de ambos os Testamentos (1046+96). (Leve em conta Que a cronologia Bíblica é sempre aproximada, pois os povos orientais não tinham um sistema fixo de computação de datas).
Quando se fala do espaço total de tempo, que vai da escrita do Pentateuco ao apocalipse, é preciso intercalar os 400 anos do período Interbíblico ocorrido entre os Testamentos, o que dará um total de 1542 anos (1046+96+400). Por isso se diz que a Bíblia foi escrita no espaço de 46 séculos. Este é o período no Qual o cânon foi completado.

CÂNON - SUA INSPIRAÇÃO
A canonicidade é determinada pela inspiração. Os livros da Bíblia não são para Deus oriundo, isto porque eles são provenientes do próprio Deus. O processo mediante o qual Deus nos concede sua revelação chama-se inspiração. È a inspiração de Deus num livro que determina sua canonicidade. Deus dá autoridade divina a um livro, e os homens de Deus o atacam. Deus revela, e o seu povo conhece o que o Senhor revelou. A canonicidade é dada por Deus e descoberta pelos homens. A Bíblia constitui o "cânon", pelo qual tudo mais deve ser medido e avaliado pelo fato de Ter autoridade concedida por Deus. Sejam quais foram as medidas (os cânones) usados pela igreja para descobrir com exatidão que livros possuem essa autoridade canônica ou normativa, não se deve dizer que determinam a canonicidade dos livros. Dizer que o povo de Deus, mediante quaisquer regras de conhecimento, "determina" que livros são autorizados por regra de conhecimentos, é desprezar a revelação de Deus pois só Ele pode conceder a Verdade absoluta. Só a inspiração divina determina a autoridade de um livro, se ele é canônico, de natureza normativa ou não.

CÂNON - SUA DESCOBERTA
O povo de Deus tem desempenhado um papel de grande importância no processo de canonização. A comunidade dos crentes arca com a tarefa de chegar a uma conclusão sobre quais livros são realmente de Deus. A fim de cumprir esse papel, a igreja deve procurar certas características próprias da autoridade divina. Como poderia alguém reconhecer um livro inspirado só por vê-lo? Dai vários critérios estavam em jogo nesse processo de reconhecimento, e eram analisados com muito critério e obedeciam a um rigoroso exame por parte das autoridades eclesiásticas.

OS PRINCÍPIOS DA DESCOBERTA DA CANONICIDADE
Sempre existiram falsos livros e falsas mensagens. E por representarem ameaça constante, surgiu-se a necessidade de que o povo de Deus tivesse mais cuidado com a coleção de livros sagrados guardados consigo, pois poderia haver alguns erros. A partir daí a igreja passou a questionar esses livros sagrados mediante cinco critérios. A Saber:
1º O livro é autorizado - Veio de Deus.
2º É profético - Foi escrito por um servo de Deus.
3º É digno de confiança - Fala a verdade a cerca de Deus.
4º É Dinâmico - Possui o poder que transforma vidas.
5º É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originalmente escrito.

VEJAMOS AGORA CADA UM DESSES CRITÉRIOS SEPARADAMENTE
A AUTORIDADE - Cada livro da Bíblia traz uma reivindicação de autoridade divina. A expressão "Assim diz o Senhor" está presente na Bíblia com frequência NAS Escrituras inspiradas. Sempre existe uma declaração divina. Se faltasse a um livro a Autoridade de Deus, esse era considerado não canônico, não sendo incluído no cânon sagrado.
Os livros dos profetas eram facilmente reconhecidos como canônicos por esse princípio de autoridade. A expressão repetida "Assim diz o Senhor" ou " "a palavra do Senhor veio a mim" è evidência abundante de sua autoridade divina. Alguns livros não tinham reivindicação de origem divina, pelo qual foram rejeitados e tidos como não canônicos. Talvez tenha sido o caso do livro dos justos e do livro da guerra do Senhor. Outros livros foram questionados e desafiados quanto a sua autoridade divina, mas por fim foram aceitos no cânon, como o livro de Ester. Na verdade, o simples fato de alguns livros canônicos serem questionados quanto a sua legitimidade é uma segurança de que os crentes usavam seu discernimento. Se os crentes não estivessem convencidos da autoridade divina de um livro, este era rejeitado prontamente sem nenhuma chance de ser incluído no cânon sagrado.
A AUTORIA PROFÉTICA DE UM LIVRO - Os livros proféticos só foram produzidos pela atuação do Espírito, que moveu alguns homens conhecidos como profetas. (2Pe. 1:10-21). A palavra de Deus só foi entregue a seu povo mediante os profetas de Deus. Todos os autores bíblicos tinham um Dom profético, ou uma função profética, ainda que tal pessoa não fosse profeta por ocupação. (Hb. 1:1). Paulo exorta o povo de Deus em Gálatas, dizendo que suas cartas deveriam ser aceitas porque ele era apóstolo de Cristo e chamado pelo próprio Senhor Jesus Cristo.  Isto porque todos os livros que não proviam por profetas nomeados por Deus deveriam ser rejeitados. Os crentes não deviam aceitar livros de alguém que falsamente afirmasse ser apóstolo de Cristo (2Ts. 2:2). Note que a Segunda carta de Pedro foi objetada por alguns da igreja primitiva. Por isso enquanto os pais da igreja não ficaram convencidos de que essa não havia sido forjada, mas de fato viera da mão do apóstolo Pedro, como seu versículo o menciona, ela não recebeu lugar permanente no cânon cristão.
A CONFIABILIDADE DE UM LIVRO - Outro sinal característico da inspiração é o ser um livro digno de confiança. A vista desse princípio, os crentes de Beréia aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar se o que o apóstolo estava ensinando estava de fato de acordo com a revelação de Deus no Antigo Testamento. O mero fato de um texto estar de acordo com uma revelação anterior não indica que tal texto é inspirado. Grande parte dos apócrifos foi rejeitada por causa do princípio da confiabilidade. Suas anomalias históricas e heresias teológicas os rejeitaram; seria impossível aceitá-los como vindos de Deus; a despeito de sua aparência de autorizados. Não podiam vir de Deus e ao mesmo tempo apresentar erros. Alguns livros canônicos foram questionados a base desse mesmo princípio como a carta de judas e a de Tiago.
A NATUREZA DINÂMICA DE UM LIVRO - O quarto teste de canonicidade, era a capacidade do texto de transforma vidas, "A palavra de Deus é viva e eficaz" (Hb. 4.12) O resultado é que ela pode ser usada "para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir, em justiça" (2Tm. 3:16-17). O apóstolo Paulo revelou-nos que a habilidade dinâmica das escrituras inspiradas estava na aceitação das Escrituras, como um todo, como mostra em 2 Timóteo 3:16-17. Disse Paulo a Timóteo :"As Sagradas Escrituras podem fazer-te sábio para a Salvação”. A partir daí, outros livros e mensagens foram rejeitados porque apresentavam falsas esperanças. (1Rs. 22:6-8) ou faziam rugir alarmes falsos (2Ts. 2:2).
A ACEITAÇÃO DE UM LIVRO - A Marca final de um documento escrito autorizado é seu reconhecimento pelo povo de Deus ao qual originalmente se havia destinado. A palavra de Deus, dada mediante seus profetas, e contendo sua verdade, deve ser reconhecida pelo seu povo. Se determinado livro fosse recebido, coligido e usado como força de Deus, pelas pessoas a quem originariamente se havia destinado, ficava comprovada a sua canonicidade. Sendo o sistema de transportes atrasado como era nos tempos antigos, às vezes a determinação da canonicidade de um livro da parte dos pais da igreja exigia muito tempo e esforço. É por essa razão que o reconhecimento definitivo completo, por toda a igreja cristã, dos 66 livros do cânon das Escrituras Sagradas exigiu tantos anos. Os livros de Moisés foram aceitos imediatamente pelo povo de Deus. As cartas de Paulo foram recebidas imediatamente, recebidas pelas igrejas às quais haviam sido dirigidas (1Ts. 12:13), e até pelos demais apóstolos (2Pe. 3:16). Já alguns escritos foram rejeitados pelo povo de Deus, por não apresentarem autoridade divina. Esse princípio de aceitação levou alguns a questionar durante algum tempo certos livros da Bíblia, como 2 e 3 João são de natureza particular e de circulação restrita; É compreensível, pois que houvesse alguma relutância em aceitá-los, até que essas pessoas em dúvida tivessem absoluta certeza de que tais livros haviam sido recebidos pelo povo de Deus do século como cartas do apóstolo João.

PRINCÍPIOS QUE FORMARAM O CÂNON
SUA CIRCULAÇÃO UNIVERSAL - Alguns livros jamais foram aceitos por falta de circulação, enquanto outros foram aceitos Voluntariamente por  circularem com frequência notória na igreja universal, pois seu escritos eram aceitos em todos os setores da igreja.
A AUTORIA DOS APOSTOLOS OU DISCIPULOS - Dentre os apóstolos temos as epístolas de Paulo e Pedro, e o Evangelho de João. Dentre os discípulos temos os evangelhos de Marcos, e de Lucas, o livro de Atos, a epístola dos Hebreus e Outros.
LIVROS SEGUNDO A TRADIÇÃO E A DOUTRINA DOS APOSTOLOS - Lucas, Atos, Hebreus, Apocalipse e II Pedro.
Houve rejeição de livros escritos mais tarde, após o tempo dos apóstolos. Isso explica a rejeição final das epístolas de Clemente e etc...
Também foram rejeitados os escritos ridículos ou fabulosos - Entre esses podemos enumerar a maior parte dos livros apócrifos, o evangelho de Tomé, os evangelhos de André, os Atos de Paulo, o Apocalipse de Pedro e outros.
Uso universal por parte da igreja inteira - Alguns livros foram aceitos apenas por determinados setores da igreja, ou somente por alguns indivíduos. Finalmente os 27 livros do Novo Testamento foram aceitos e passaram a ser universalmente usados na igreja cristã. E hoje já estamos a aproximadamente 2000 anos da conclusão do Canon Sagrado e a historia nos relata que a Biblia Sagrada é o livro antigo mais Confiavel, mais vendido, mais lido mais aceito... E isso devemos única e exclusivamente a intervenção divina na formação da mesma. E por esse motivo é que devemos sempre a ELE TODA A HONRA, TODA A GLORIA E TODO LOUVOR PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS.

Autor Desconhecido.
Adaptado e editado por
Abdias Barreto.

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