sábado, 31 de outubro de 2015

O HOMEM DEUS

Como Jesus pode ser Deus e Homem

        Tão admirável como a Doutrina da Trindade é a Doutrina da Encarnação, ou seja, que Jesus é Deus e Homem ao mesmo tempo, eternamente, numa só Pessoa. Conforme disse o teólogo contemporâneo J. I. Packer: “Temos aqui dois mistérios pelo preço de um - a pluralidade de Pessoas na unidade de Deus e a união de Deus com a humanidade, na Pessoa de Jesus Cristo... Nada na ficção é tão fantástico como o que acontece na verdade da Encarnação.”  (1).

        A igreja primitiva considerava a Encarnação como uma das verdades mais importantes da nossa fé. Por isso, ela formulou o que foi chamado “O Credo de Calcedônia”, uma declaração que estabeleceu claramente aquilo que devemos receber e no que devemos crer sobre a Encarnação. Este Credo resultou de um grande concílio, o qual teve lugar nos dias 08/10 a  01/11 do ano 345 d.C., na cidade de Calcedônia, o qual foi adotado como modelo e distinção ortodoxa do ensino bíblico sobre a Pessoa de Cristo, a partir daquele tempo, para todos os ramos do Cristianismo. (2).

        Existem cinco verdades principais com as quais o Credo de Calcedônia resumiu o ensino bíblico sobre a Encarnação:

·       - Jesus tem duas naturezas - Ele é Deus e Homem.

·       - Cada natureza é absolutamente completa, sendo Ele verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

·       - Cada natureza permanece distinta.

·       - Cristo é uma só Pessoa.

·       - As coisas que são verdadeiras a uma só natureza são, contudo, verdadeiras na Pessoa de Cristo.

        Uma apropriada compreensão destas verdades anula muita confusão e muitas dificuldades que possamos ter em mente. Como Jesus pode ser Deus e Homem?  Por que isto não O transforma em duas pessoas? Como se relaciona a Sua Encarnação com a Trindade? Como Jesus pôde ser pendurado na cruz (Mateus 4:2) e morto (Marcos 15:33), quando estava na Terra, mesmo sendo Deus? Jesus abdicou de qualquer um de Seus atributos divinos na Encarnação? Por que é errado dizer que Jesus é “parte” de Deus? Jesus ainda é humano hoje e  continua tendo um corpo humano?”

Jesus tem duas naturezas - Deus e Homem

        A primeira verdade que  devemos entender é que Jesus é uma Pessoa com duas naturezas - a natureza divina e a natureza humana. Em outras palavras, Jesus é tanto Deus como Homem. Vejamos claramente cada natureza:

Jesus é Deus

A Bíblia ensina que Jesus não é apenas alguém que muito se assemelha a Deus, ou que anda intimamente com Deus. Em vez disso, Jesus é o próprio Deus Altíssimo. Após ver Cristo ressuscitado, Tomé exclamou: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Do mesmo modo, o Livro de Hebreus nos dá o exato testemunho de Deus Pai, quando diz: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.  E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?" (Hebreus 1:11-13).

Em João 1:18, lemos João chamando Jesus de “O Filho unigênito, que está no seio do Pai”.

        Outra maneira pela qual a Bíblia ensina que Jesus é Deus é mostrando que Ele possui todos os atributos divinos. Ele conhece todas as coisas (Mateus 18:20; 28:20; Atos 18:10); Ele está em toda parte (Mateus 8:26, 27; 28:18; João 11:38-44; Lucas 7:14-15; Apocalipse 1:8).  Ele não depende de coisa alguma, fora de Si mesmo, para ter vida (João 1:14; 14:6; 8:58). Ele governa todas as coisas (Mateus 28:18; Apocalipse 19:16; 1:5). Ele jamais teve princípio de existência nem terá fim (João 1:1; 8:58). Ele é o Criador de tudo (Colossenses 1:16). Em outras palavras, tudo que Deus é Jesus é, também, porque Ele é Deus!

Especificamente, Jesus é Deus o Filho

        Para conseguirmos uma compreensão melhor da Encarnação de Cristo é necessário que tenhamos uma certa compreensão da Trindade. A Doutrina da Trindade declara que Deus é um Ser que existe em três Pessoas distintas. Antes de tudo, isto significa que devemos distinguir cada uma das Pessoas da Trindade das outras duas. O Pai não é o Filho nem é o Espírito Santo. O Filho não é o Espírito Santo nem é o Pai. O Espírito Santo não é o Pai nem é o Filho. Cada uma delas é um centro distinto de consciência. Contudo, elas compartilham exatamente a mesma natureza/essência divina. Desse modo, as três Pessoas são um único Ser. O Ser/essência divino  não é algo dividido entre as Pessoas, como se cada Pessoa recebesse 1/3. Em vez disso, o Ser divino é total e igualmente possuído pelas três Pessoas, de modo que as três Pessoas são plena e igualmente Deus.

        Como o fato de Deus ser três Pessoas em um Ser se relaciona com a Encarnação? Para responder isto devemos considerar outra pergunta: qual das três Pessoas se encarnou como Jesus Cristo? Todas as três?  Ou apenas uma? Qual delas? A resposta bíblica é que somente o Filho Se encarnou. O Pai não Se encarnou em Jesus e nem o fez o Espírito Santo. Desse modo, Jesus é Deus, mas não é o Pai nem é o Espírito Santo. Jesus é Deus o Filho.

        A verdade que somente o Filho Se encarnou é ensinada, por exemplo, em João 1:14: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".

        No contexto, o “Verbo” (Palavra) de Deus é Deus o Filho (Conforme João 1:1; 18 e 3:16). Desse modo, não foi o Pai nem o Espírito Santo que Se tornaram homem, mas Deus o Filho. Assim, no batismo de Jesus, vemos o Pai afirmando: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" (Lucas 3:22). Ele não disse: “Você Sou Eu, está comigo e nisto eu me comprazo”. Em vez disso, o Pai afirmou que Jesus é o Filho, no qual Ele, o Pai, Se compraz.  No mesmo verso, vemos ainda que o Espírito Santo é distinto do Pai e do Filho, pois Ele Se  manifestou em “forma corpórea como pomba”.

        Por que é importante sabermos que Jesus é, especificamente, Deus o Filho? Por uma razão: se o entendermos, não cometeremos erro sobre a verdadeira identidade do nosso Salvador. Além do mais,  isto é algo que afeta grandemente o modo como nos relacionamos com o Deus Trino (Triúno).  Se pensarmos que Jesus é o Pai ou o Espírito Santo, ficaremos confusos em nossas orações. Finalmente, é uma heresia acreditar que o Pai Se  encarnou em Jesus.

Jesus é Homem

        Deveria ser óbvio que Jesus é Deus e que Ele sempre foi Deus. Jamais houve um tempo em que Ele tenha Se  tornado Deus, pois Deus é eterno. Mas Jesus nem sempre foi Homem. O fantástico milagre é que este Deus eterno Se tornou Homem, na Encarnação. Isto aconteceu há 2.000 anos. Portanto, a Encarnação é Deus Se tornando Homem. E por causa deste grande evento é que (muitos) celebram o Natal.

        Mas, o que exatamente queremos dizer quando informamos que Deus o Filho Se tornou Homem? Certamente não queremos dizer que Ele Se transformou num homem, no sentido de ter deixado de ser Deus, para começar a ser homem. Jesus não renunciou à Sua Divindade, quando da Encarnação, conforme foi visto nos versos anteriores. Em vez disso, conforme disse um antigo teólogo, “Permanecendo o que Ele era, Jesus Se tornou no que não era”. Cristo “não era agora Deus, com menos elementos de Sua Divindade, mas Deus, acima de tudo, ao fazer a escolha de assumir Ele mesmo a humanidade”. (3). Desse modo, Jesus não renunciou a qualquer dos Seus atributos na Encarnação. Ele continuou possuindo todos eles, pois se precisasse desistir dos Seus atributos divinos, Ele teria deixado de ser Deus. 

        A verdade sobre a humanidade de Jesus é tão importante como a verdade sobre a Sua Divindade.  O apóstolo João fala claramente sobre qualquer pessoa que nega que Jesus é Homem, chamando-a anticristo. (1 João 4:2-3; 2 João 1:7). A humanidade de Jesus é mostrada no fato de que Ele nasceu como um bebê, de mãe humana (Lucas 2:7; Gálatas 4:4); que Ele se cansava (João 4:6); tinha sede (João 19:28); teve fome (Mateus 4:2) e experimentou todas as emoções humanas, tais como Se maravilhar (Mateus 8:10), entristecer-Se e chorar (João 11:35). Ele viveu na Terra exatamente como todos nós vivemos.

 Jesus é um Homem Imaculado

        É essencial sabermos que Jesus não teve uma natureza pecaminosa e que Ele jamais cometeu pecado algum, mesmo tendo sido tentado de todas as maneiras (Hebreus 4:15); Jesus é total e perfeitamente Homem e também passou por todas as experiências humanas. Temos um Salvador que verdadeiramente pode Se identificar conosco, porque Ele é Homem e pode nos ajudar nas tentações, visto como jamais cometeu pecado algum. Esta é uma espantosa verdade que separa o Cristianismo de todas as outras religiões.

Cada natureza é total e completa

        Tendo visto a base bíblica de que Jesus é tanto Deus como Homem, a segunda verdade que devemos reconhecer é que cada uma das duas naturezas de Cristo é total e completa. Em outras palavras, Jesus é totalmente Deus e totalmente Homem. Outro meio auxiliar para dizê-lo é que Jesus é 100% Deus e 100% Homem.

Jesus é totalmente Deus

        Já vimos que cada Pessoa da Trindade é absolutamente Deus. As três Pessoas da Trindade nãosão cada uma 1/3 de Deus, mas cada uma é Deus. Assim, Jesus é totalmente Deus, visto como Ele é Deus o Filho encarnado. Isto significa que tudo que é essencial para ser Deus é verdadeiro em Jesus. Ele não é parte de Deus nem 1/3 de Deus, mas totalmente Deus. “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”  (Colossenses 2:9).

Jesus é totalmente Homem

        É importante dizer que, quando afirmamos que Jesus é verdadeiro Homem, não queremos dizer que Ele seja parcialmente Homem, mas que Ele é totalmente Homem. Tudo que pertence à essência da verdadeira humanidade é verdadeiro nEle. Ele é tão exatamente Homem como cada um de nós. O fato de que Jesus é verdadeira e totalmente Homem está claro pelo fato de que Ele tem um corpo humano (Lucas 24:39), uma mente humana (Lucas 2:52) e uma alma humana (Mateus 26:38). Jesus não Se assemelha a um homem, nem tem alguns aspectos do que seja essencial à humanidade, mas não outros. Ele possui completa humanidade.

        É importante que estejamos a par de certas visões referentes a Cristo. Pois, se tivermos uma ideia daquilo em que não devemos crer, isto nos dará um quadro daquilo em que devemos crer. Uma das falsas visões rejeitada no Concílio da Calcedônia foi que “a Pessoa de Cristo tinha um corpo humano, mas não uma mente e espírito humanos e que a mente e o aspecto divino de Cristo eram da natureza divina de Filho de Deus”  (4). Visto como esta visão não acreditava que Jesus tivesse uma mente e espírito humanos, de fato ela negava que Ele fosse total e verdadeiramente Homem. Em vez disso, ela apresentava Cristo como uma espécie de meio-homem, com um corpo humano, cuja mente e alma haviam sido substituídas pela natureza divina. Porém, conforme vimos antes, Jesus é tão verdadeiramente humano como todos nós, pois, exatamente como Ele possui todos os elementos da Divindade, Ele tem também todos os elementos essenciais à natureza humana: um corpo humano, uma alma humana, uma mente humana, uma vontade humana e emoções humanas. Sua mente humana não foi substituída pela mente divina. Em vez disso, Ele tem tanto a mente humana como a mente divina. Por causa disso, é errado usar frases como: “Jesus é Deus num corpo humano , ou então: “Jesus é Deus na pele humana”.

Jesus é totalmente Deus e totalmente Homem, para sempre.

        Para a maior parte das pessoas, é óbvio que Jesus é e continuará sendo Deus, eternamente. Mas, para alguns de nós, tem escapado que Jesus também será eternamente Homem. Ele continua sendo Homem, agora mesmo, enquanto escrevo estas linhas e o será para sempre.  A Bíblia é clara em mostrar que Jesus ressuscitou dos mortos no mesmo corpo em que morreu (Lucas 24:39) e que Ele ascendeu ao céu como Homem, em Seu corpo físico (Atos 1:9; Lucas 24:50-51). Não faria sentido algum que Ele o tivesse feito, se fosse céu (falta algo nesta frase). Que Cristo continua sendo um Homem, com um corpo físico, após sua ascensão, é confirmado pelo fato de que, ao regressar, Ele o fará como Homem , em Seu corpo físico.

        Filipenses 3:21 diz que "Ele transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso...". Este verso é claro sobre o fato de que Jesus continua com o Seu corpo físico. É um corpo de glória, que Paulo chama “o seu corpo glorioso”. E quando Jesus regressar, Ele ainda o terá, porque Ele transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu.  Tanto Jesus como todos os cristãos continuarão a viver juntos, eternamente, em seus corpos. Um corpo ressurreto não pode morrer (1 Coríntios 15:42), visto como é eterno (2 Coríntios 5:1).

        Por que Jesus Se tornou Homem e por que Ele o será eternamente? O Livro de Hebreus diz que foi para que Cristo pudesse ser um Salvador adequado a tudo de que necessitamos. Primeiro,observem que Jesus Se tornou Homem, a fim de morrer pelos nossos pecados. Ele precisava ser Homem, a fim de pagar a penalidade dos humanos. Segundo, Hebreus2:17 diz que pelo fato de Jesus ser humano como nós, Ele pode ser o nosso Misericordioso Sumo Sacerdote. Sua humanidade O possibilita a ter uma empatia mais perfeita e a melhor Se identificar conosco. Não posso deixar de crer que seria muito destrutivo para o nosso conforto e fé não saber que Jesus continua sendo um Homem, no Seu corpo físico. Pois, se Ele não continuasse sendo um Homem no céu, como poderíamos nos confortar, sabendo que Ele não poderia Se identificar totalmente conosco? Ele pode Se identificar e ser o nosso Fiel Sumo Sacerdote e saber o que acontece conosco, não só por ter uma vez enfrentado a morte como Homem, mas porque Ele continua sendo Homem, eternamente.

Cada natureza permanece distinta

        A verdade sobre as duas naturezas distintas de Cristo de Sua perfeita humanidade e divindade é conhecida e bem compreendida pelos cristãos. Mas, para uma perfeita compreensão da Encarnação, precisamos ir mais longe. Devemos entender que as duas naturezas de Cristo permanecem distintas, retendo suas exatas propriedades. Mas, o que significa isto? Duas coisas: 1) - Elas não alteram as propriedades essenciais uma da outra; 2) - nem se fundem,  num misterioso tipo de natureza.

        Primeiro, seria errado que as duas naturezas de Cristo se misturassem para formar uma terceira natureza. Esta é uma das heresias contra a qual a igreja primitiva precisou lutar. Esta heresia ensinava que “a natureza humana de Cristo foi tomada e absorvida pela natureza divina, de modo que as duas naturezas formaram um terceiro tipo de natureza.”  Uma analogia disto pode ser vista quando colocamos uma gota de tinta num copo d’água; a mistura resultante não é tinta pura nem água pura, mas uma mistura de ambas, formando uma terceira espécie de substância, na qual a tinta e a água são mudadas. Igualmente, esta visão ensinava que Jesus era uma mistura de elementos divinos e humanos, tendo sido modificado para ter uma nova natureza. Esta visão não é bíblica, pois anula tanto a divindade como a humanidade de Cristo. Pois se as duas naturezas de Cristo se misturassem, Ele já não seria verdadeira e totalmente Deus, nem verdadeira e totalmente homem, mas um tipo de Ser completamente diferente, resultante da mistura das duas naturezas.

        Segundo, mesmo se não reconhecermos que as duas naturezas se misturam para formar uma terceira natureza, seria errado pensar que as duas naturezas se transformaram em outra. Por exemplo, seria errado concluir que a natureza humana de Jesus se tornou divina, de algum modo, ou que Sua natureza divina se tornou humana. Em vez disso, cada natureza permanece distinta, retendo, assim, suas exatas propriedades individuais, sem mudança alguma. Conforme o Concílio de Calcedônia declarou: “... a distinção das naturezas sendo de modo algum anulada pela união, mas, em vez disso, sendo preservada a propriedade de cada natureza...” (6). A natureza humana de Jesus permanece humana, e a divina permance somente divina.

        Por exemplo, a natureza humana de Jesus não se tornou totalmente onisciente através de Sua união com Deus o Filho; nem Sua natureza divina se tornou ignorante de coisa alguma. Se qualquer uma das naturezas tivesse sofrido uma mudança em sua essência natural, então Cristo já não seria verdadeira e totalmente Homem, nem verdadeira e totalmente Deus.

Cristo é somente uma Pessoa

        O que vimos até agora sobre a  divindade e humanidade de Cristo demonstra que Ele tem duas naturezas, a divina e a humana; que cada natureza é total e completa; que elas permanecem distintas e não se misturam, para formar uma terceira natureza e que Cristo é tanto Deus como homem para sempre.

        Mas, se Cristo tem duas naturezas, isto significa que Ele é duas pessoas? Não, Ele não é. Cristo continua sendo uma só Pessoa. Existe apenas um Cristo. A igreja tem declarado, historicamente, esta verdade, da maneira seguinte: Cristo tem duas naturezas unidas numa só Pessoa para sempre.

        Existe outra visão herética, sobre a qual devemos ficar cientes. Esta visão, conquanto reconhecendo que Jesus é totalmente Deus e totalmente Homem, nega que Ele seja uma só Pessoa. Conforme esta visão, existem duas pessoas separadas em Cristo, bem como duas naturezas. Ao contrário, a Bíblia é muito clara em que, conquanto Jesus tenha duas naturezas, Ele é apenas uma Pessoa. Em outras palavras, isto significa que não existem dois Jesus Cristos. Mesmo tendo uma dualidade de naturezas, Ele não é dois Jesus Cristos, mas apenas um Jesus Cristo. Conquanto permanecendo distintas, as duas naturezas são unidas, de tal maneira que Ele é uma só Pessoa.

        Colocando simplesmente, existe um certo sentido no qual Jesus Cristo é dois, e um sentido no qual Ele é um. Ele é dois, no sentido de possuir duas naturezas, uma divina e uma humana. Ele é um,em que, mesmo permanecendo distintas, as duas naturezas coexistem de tal modo a constituírem “uma só coisa”. Em outras palavras, as duas naturezas são ambas o mesmo Jesus e, portanto, uma só Pessoa. Segundo afirma o Credo de Calcedônia, Cristo deve “ser reconhecido em duas naturezas... concorrendo em uma só Pessoa e uma substância única, embora partida ou dividida em duas pessoas, mas um mesmo Filho unigênito de Deus, o Verbo, o Senhor Jesus Cristo...”

Evidência de que Cristo é só uma Pessoa

        Veremos três passagens do ensino bíblico, dizendo que, embora Cristo tenha duas naturezas distintas e imutáveis, contudo Ele permanece uma Pessoa.

1 - Ambas as naturezas são representadas na Escritura como constituindo “uma só coisa”, isto é, como unidas em uma só Pessoa. Em João 1:14, lemos: ""E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".

        Vemos aqui as duas naturezas: o Verbo (Sua divindade) e a carne (Sua humanidade). Contudo, vemos também que existe uma só Pessoa, pois lemos que “O Verbo se fez carne”, exigindo que reconheçamos a unidade das duas naturezas, de modo a serem uma só coisa - isto é, uma só Pessoa. Pois, em que sentido João poderia ter escrito “o verbo se fez carne”, se este não constituísse uma só Pessoa? Certamente, isto não poderia significar outra coisa, pois  iria contrariar o ensino da Escritura sobre a distinção das duas naturezas. Escrituras adicionais referentes a esta linha de evidência são Romanos 8:3; Gálatas 4:4; 1Timóteo 3:16; Hebreus 2:11-14 e 1 João 4:2,3.

2. - Jesus nunca fala de Si mesmo como “nós”, mas sempre como “EU”.

3. - Muitas passagens se referem a ambas as naturezas de Cristo, mas claramente tratando de uma só Pessoa.

        É impossível ler as seguintes passagens, as quais afirmam claramente as duas naturezas de Cristo e, mesmo assim, concluir que Ele seja duas pessoas: Romanos 8:3; Gálatas 4:4 e Filipenses2:6-7.

        Considerando que Cristo é duas naturezas numa só Pessoa e, tendo em vista ainda o que está nisso envolvido, examinemos agora as duas implicações disto, o que nos ajudará a completar o quadro de nossa compreensão.

Implicação - As coisas que são verdadeiras numa natureza, mas não em outra, mesmo assim são verdadeiras na Pessoa de Cristo.

        Conforme foi visto antes, o fato de Cristo ser duas naturezas, isto significa que existam coisas que são verdadeiras em Sua natureza humana, que não são verdadeiras à Sua natureza divina. Por exemplo,  Sua natureza humana foi pendurada na cruz e Sua natureza divina jamais teve fome. Então,  quando Cristo sentiu fome na Terra, foi Sua natureza humana quem sentiu fome e não Sua natureza divina.

        Agora estamos em posição de entender que, em vista das duas naturezas em uma só Pessoa, as coisas que são verdadeiras numa natureza não o são noutra, mas tudo que é feito por uma das duas naturezas em Cristo é, verdadeiramente, feito pela Sua Pessoa. Em outras palavras, uma coisa que somente uma das duas naturezas faz pode ser considerada como feita pelo próprio Cristo. Do mesmo modo, as coisas que são verdadeiras de uma natureza mas não de outra, são verdadeiras na Pessoa de Cristo como um todo. Isto significa que, se existe alguma coisa que somente uma das duas naturezas de Cristo faz, Ele pode perfeitamente dizer “Eu fiz”.

        Temos muitos exemplos na Escritura que o demonstram. Por exemplo, em João 8:58, lemos Jesus dizendo: "Antes que Abraão existisse, eu sou".  Ora, a natureza humana de Cristo não existia antes de Abraão, mas Sua natureza divina, que existe eternamente, já existia antes de Abraão. Mas, visto como Cristo é uma só Pessoa, Ele pôde afirmar: “... Antes que Abraão existisse, eu sou”.

        Outro exemplo simples é a morte de Cristo. Deus não pode morrer. Jamais devemos mencionar a morte de Cristo como tendo sido “a morte de Deus”.  Mas, como os humanos morrem, a natureza humana de Cristo foi a que morreu. Desse modo, mesmo que a natureza divina de Cristo não tenha morrido, podemos dizer que “Cristo experimentou a morte por todos os homens”, em vista da perfeita união das duas naturezas numa só Pessoa. Por isso Grunden diz: “Em virtude da união com a natureza humana de Jesus, Sua natureza divina, de certo modo,  provou algo semelhante a passar pela morte. Assim, a Pessoa de Cristo experimentou a morte”  (7).

        Você já deve ter estranhado o fato de Jesus dizer que não sabia a hora do Seu regresso à Terra (Mateus 24:36), mesmo sendo Onisciente (João 21:17). Se Jesus é Deus, por que Ele não sabiaa hora do Seu retorno? Isto pode ser resolvido pela compreensão de que Cristo é uma Pessoa em duas naturezas. Em Sua natureza humana, Jesus não possuía todo o conhecimento. Assim, em Sua natureza humana, Ele não sabia o dia nem a hora do Seu retorno. Mas, em Sua natureza divina, Ele possui todo o conhecimento e, portanto, Ele o sabia.

        Vamos agora à parte mais fascinante. Visto como as duas naturezas de Cristo estão unidas numa só Pessoa, o fato d'Ele não saber quando iria regressar à Terra não significa que a Pessoa de Cristo não o soubesse. Por isso a Pessoa de Jesus pôde dizer em Mateus 24:36: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai". Ao mesmo tempo, em virtude de Sua natureza divina, Ele pôde dizer que a Pessoa (natureza humana) de Jesus não sabia quando Ele iria regressar. O conhecimento e a ignorância do Seu regresso são, igualmente, verdadeiros na Pessoa de Cristo, mas sob aspectos diferentes. Em Sua natureza humana, Ele o ignorava, mas em Sua natureza divina, Ele o sabia.

Conclusão

        Vimos a evidência bíblica de que Jesus Cristo é Deus o Filho.  Que Ele possui tanto a natureza divina como a natureza humana e que cada uma das duas naturezas é perfeita e completa, permanecendo distinta, mas que Cristo é, mesmo assim, uma só Pessoa; e que as coisas verdadeiras a uma natureza também são verdadeiras à Pessoa de Cristo.

        A importância destas verdades deveria existir sem palavras, pois elas calam exatamente em nosso coração a respeito do que Cristo é. Conhecer estas verdades afetará grandemente a maneira como vemos Cristo  e tornam mais vívidas as narrativa de Sua vida terrena. E a compreensão destes fatos aprofunda a nossa devoção a Cristo.

        Ter uma compreensão melhor da Encarnação de Deus o Filho deveria fortalecer grandemente a nossa adoração. É motivo de grande admiração e alegria  saber que a eterna Pessoa de Deus Se tornou Homem, para sempre. Nosso reconhecimento da Pessoa de Cristo será elevado e nossa fé nEle será fortalecida, por termos uma compreensão mais profunda de Quem realmente Ele é.

        A união da divindade e humanidade de Cristo numa só Pessoa faz com que todos nós tenhamos a necessidade do mesmo Salvador. Como isto é glorioso!

        Porque Jesus é Deus, Ele é Onipotente e jamais poderá ser derrotado. Ele é Deus, sendo, portanto, o único Salvador adequado. Porque Ele é Deus, os crentes estão seguros  de que jamais perecerão. Estamos seguros porque Ele é Deus e todas as pessoas Lhe prestarão contas, quando Ele regressar para julgar o mundo.

        Porque Jesus é Homem, Ele experimentou as mesmas coisas que experimentamos. Porque Ele é Homem, pode vir em nosso socorro, como o nosso Fiel Sumo Sacerdote, quando chegamos ao limite de nossas fraquezas humanas. Porque Ele é Homem, podemos nos relacionar com Ele, pois Ele não está longe de nós e nem fica alheio às nossas necessidades. Porque Ele é Homem, não podemos nos queixar de que Deus não conheça os problemas pelos quais estamos passando. Ele os experimentou em primeira mão.

        Finalmente, devemos estar preparados para defender a verdade sobre a divindade de Jesus Cristo e a Sua humanidade,  e tornar compreensível aos outros a  união das naturezas divina e humana numa só Pessoa.

        Deste modo, consideremos a necessidade de memorizar os muitos versos que ensinam que Jesus é tanto Deus como Homem, a fim de podermos explicar aos outros a relação entre as duas naturezas de Cristo.

        Que possamos aguardar, até que Ele venha,  o dia em que O veremos face a face, regozijando-nos na bendita esperança desse dia e que isto possa nos inspirar a ter uma diligência maior em servi-Lo e adorá-Lo.

Bibliografia


1 J.I. Packer, Knowing God (Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1993 edition), p. 53.
2 Wayne GrudemSystematic Theology: An Introduction to Biblical Doctrine (InterVarsity and Zondervan Publishing, 1994), p. 556.
3 Packer, p. 57. 
4 Grudem, p. 554.
5 Grudem, p. 556.
6 Chalcedonean Creed, quoted in Grudem, p. 557.
7 Grudem, p. 560.

"Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre." (Jd 1:25.) 
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

QUEM É JESUS PARA AS RELIGIÕES, SEITAS E FALSOS PROFETAS - VÍDEO - 3

O QUE AS SEITAS, RELIGIÕES E FALSOS PROFETAS PENSAM A RESPEITO DE JESUS CRISTO
VÍDEO - 3



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QUEM É JESUS PARA AS RELIGIÕES, SEITAS E FALSOS PROFETAS - VÍDEO - 2

O QUE AS SEITAS, RELIGIÕES E FALSOS PROFETAS PENSAM A RESPEITO DE JESUS CRISTO
VÍDEO - 2


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segunda-feira, 1 de junho de 2015

VÍDEO - OS PERIGOS DA RELIGIÃO

O S - P E R I G O S - D A - R E L I G I Ã O.
E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?
Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha. Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa. Lc 6:46-49.


"Porque a Verdade Precisa Ser Revelada"

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domingo, 31 de maio de 2015

QUEM É JESUS PARA AS RELIGIÕES, SEITAS E FALSOS PROFETAS - VÍDEO - 1

O QUE AS SEITAS, RELIGIÕES E FALSOS PROFETAS PENSAM A RESPEITO DE JESUS CRISTO
VÍDEO - 1




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segunda-feira, 13 de abril de 2015

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E A TRANSFUSÃO DE SANGUE

A QUESTÃO DO SANGUE E A BÍBLIA

(Texto Extraído da Defesa da Fé 52)

O que devo fazer? Meu filho está respirando com muita dificuldade. Sua contagem sangüínea está perigosamente baixa. Seu ritmo cardíaco já é de 200p/min, e está aumentando. Os médicos nos disseram que se não houver uma transfusão, ele morrerá de insuficiência respiratória e parada cardíaca. Expansores de plasma não ajudarão a esta altura, ele precisa de mais glóbulos vermelhos. Horrivelmente pálido e com os olhos muito abertos, ele olha para mim e sussurra: “Ajude-me, papai”. Devo deixar meu filho morrer, baseado na palavra de uma organização que tem freqüentemente mudado sua opinião sobre transplante de órgãos, vacinas, deveres civis?
Devo deixar meu filho, a minha criança, morrer? É isto realmente que Jeová espera que eu faça? Como me sentirei se a proibição do sangue finalmente se tornar apenas mais uma velha doutrina da STV (Sociedade Torre de Vigia)? 

Serei capaz de me perdoar?

Esse deve ter sido o dilema na mente de algumas testemunhas-de-jeová quando teve de se deparar com a necessidade clínica da transfusão ou reposição sangüínea.

Quando a transfusão de sangue foi proibida pelo Corpo Governante, grupo de lideranças internacionais das testemunhas-de-jeová, a vacinação e a inoculação de soros já eram proibidas. Com base em Atos 15.20,29, “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue...”, afirmaram que a transfusão de sangue também era antibíblica, pois era o mesmo que comer o sangue.

Como tudo que é definido arbitrariamente por esse grupo de “teólogos”, esse ensinamento absurdo também foi amplamente aceito e divulgado inquestionavelmente pelos membros dessa seita em todo o mundo, gerando forte reação por parte da classe médica e das autoridades governamentais. Mas nada disso fez que mudassem de opinião.

Basicamente, a STV (Sociedade Torre de Vigia), sede mundial das testemunhas-de-jeová no Brooklin (EUA), argumentou este ensinamento da seguinte maneira:

“Um paciente no hospital pode ser alimentado pela boca, pelo nariz ou pelas veias. Quando soluções de açúcar são dadas por via intravenosa, isso é chamado alimentação intravenosa. Portanto, a própria terminologia do hospital reconhece como alimentação o processo de colocar nutrição em nosso sistema pelas veias. Conseqüentemente, o enfermeiro que administra a transfusão está alimentando o paciente com sangue por via intravenosa, e o paciente que recebe o sangue está comendo pelas veias”1 (grifo nosso).
Atualmente, a STV traz o mesmo ensinamento, estabelecendo entre seus membros (sócios) que toda a recepção interna de substância orgânica de outro ser vivo, inclusive o sangue, não difere em nada de qualquer refeição feita naturalmente por via oral. Outra analogia que usam para estabelecer a idéia de que a transfusão intravenosa é o mesmo que a ingestão de sangue diz:

“Algumas pessoas podem raciocinar que receber uma transfusão de sangue realmente não é comer. Mas não é verdade que quando um paciente está impossibilitado de comer pela boca, os médicos freqüentemente alimentam-no pelo mesmo método que uma transfusão de sangue é administrada? Examine as Escrituras cuidadosamente e note que elas nos dizem para nos mantermos livres de sangue e nos abstermos de sangue (At 15.20, 29). O que significa isso? Se um médico lhe dissesse para se abster de álcool, será que isso significaria simplesmente que você não deveria tomar álcool pelo meio natural, ou seja, pela boca, mas que poderia transfundi-lo diretamente nas suas veias? É claro que não! Assim também se abster de sangue significa não introduzi-lo nos nossos corpos de modo nenhum”2 (grifo nosso).

Uma pessoa desavisada que for abordada com essas argumentações e exemplos, certamente ficará muito confusa e será facilmente seduzida, pois parecem muito racionais. Mas se submetermos esses argumentos a uma contra-refutação, logo perceberemos o quanto são frágeis e desprovidos de lógica e honestidade intelectual. Vejamos:

Vamos considerar dois pacientes em um hospital. Um deles com grave desnutrição e o outro, vítima de um terrível acidente no qual perdeu muito sangue. Se transfusão de sangue é o mesmo que alimentação via oral, ou vice-versa, conforme afirmam as testemunhas-de-jeová, poderia um médico salvar esses pacientes ministrando uma rica e equilibrada refeição ao acidentado e uma vigorosa transfusão de sangue ao pobre desnutrido? É obvio que não!

Qualquer médico de bom e são juízo, submeteria a vítima de acidente a uma imediata reposição sangüínea e ao paciente desnutrido seria ministrada uma alimentação rica em nutrientes necessários à sua reabilitação física.

Isso prova definitivamente que transfusão intravenosa não é o mesmo que ingestão via oral, como fazem parecer as testemunhas-de-jeová. O sangue, pelo sistema circulatório, leva a todos os órgãos do corpo humano oxigênio e nutrientes vitais, indispensáveis à vida, mas não pode substituir os alimentos digeridos pelo processo digestivo natural. (veja em nosso site-www.icp.com.br simulação da circulação sangüínea.)

O Corpo Governante adotou ainda o argumento do médico Jean Baptiste Denys, do século XVII, um dos pioneiros na técnica de transfusões, que se pronunciou da seguinte forma:

“Ao realizar uma transfusão, isso nada mais é do que nutrir por meio de um caminho mais curto do que o normal, ou seja, colocar nas veias sangue já feito em vez de tomar alimento, que só depois de várias mudanças se transforma em sangue”.3

A citação de Denys, todavia, não encontra hoje sequer apoio entre os médicos ligados à STV, visto que o juramento que se faz quando se conclui um curso de medicina isenta o formando de quaisquer vínculos religiosos, restando-lhe apenas responder da forma mais responsável possível pelas vidas que lhe forem confiadas no transcurso de sua carreira que será fatalmente quebrada se obedecerem tal determinação da STV. Ou seja, em vez de salvarem uma vida, poriam a mesma a perder. Qualquer pessoa sabe que para o sangue se tornar alimento deve ser ingerido como tal, ingressando no organismo pela boca, descendo até o aparelho digestivo, onde será processado e transformado, em sua parte proveitosa, em nutrientes. Efeito que não se alcança na transfusão intravenosa.

Todos esses absurdos engendrados pelo Corpo Governante formaram um obstáculo quase que intransponível na história das Testemunhas de Jeová, uma vez considerada a hipótese de se extinguir tal doutrina, como ocorreu no passado com a proibição da vacina e do transplante de órgãos, agora liberados. Obviamente, quando isso acontecer, a STV se defrontará com um colapso sem precedentes entre seus membros em todo o mundo. Dada tamanha problemática, não é de se estranhar a ânsia encontrada nas publicações das Testemunhas de Jeová sobre a possibilidade, hoje real, da confecção de sangue artificial.

O que foi permitido e o que foi proibido

Para que possamos entender melhor esse assunto, analisaremos, a seguir, detalhadamente, todo o processo no tocante a esta questão da transfusão e o quanto há de contradições no mandamento da STV. Abaixo, a tabela composta pelas Testemunhas de Jeová sobre a composição do sangue:

Os principais componentes do sangue 4

• Plasma: Cerca de 55% do sangue. É constituído por 92% de água, o resto é constituído por proteínas complexas, tais como globulina, fibrinogênio e albumina.
• Plaquetas: cerca de 0.17% do sangue.
• Glóbulos Brancos: cerca de 1%.
• Glóbulos Vermelhos: cerca de 45%.

Assim, o Corpo Governante passa a classificar as substâncias contidas no sangue como maiores ou menores, o que, notadamente, revela a forma arbitrária e irresponsável com a qual a STV trata seus seguidores.

Fica claro, ainda, que este “escape” teve de ser providenciado para que se reduzisse o número de baixas entre seus seguidores. Tal “providência”, obviamente, foi tomada de forma sutil para não despertar a indignação dos inúmeros adeptos da seita que, por obediência aos dirigentes internacionais, sepultaram muitos entes queridos, os quais não teriam morrido se não houvesse tão equivocada interpretação.

1. A questão do plasma

A inconsistência da política doutrinária da STV quanto a componentes aceitáveis e não aceitáveis é bem ilustrada pela sua política quanto ao plasma. Como se pode ver nas informações extraídas da edição de 22 de outubro de 1990 da revista Despertai! (ver p. 49), o plasma constitui cerca de 55% do volume do sangue. Evidentemente, segundo o critério do volume, é colocado na lista de “componentes maiores”, assim proibidos pela Torre de Vigia.

No entanto, o plasma é formado por 92% de água simples, o que nos leva a perguntar: quais são os componentes dos aproximadamente 8% restantes? Os principais são albumina, globulina (da qual as imunoglobulinas são as partes mais importantes), fibrinogênio e fatores de coagulação (usados nas soluções hemofílicas). Estes são precisamente os componentes que a organização põe na lista dos que são permitidos aos seus membros!

Veja o leitor o absurdo! O plasma, como um todo, é proibido, apesar de seus componentes principais serem permitidos, desde que sejam introduzidos no corpo separadamente.

É como se alguém fosse proibido pelo médico de comer sanduíches de queijo e presunto, mas se separar os componentes do sanduíche, ou seja, o pão, o queijo e o presunto, então poderá comê-los. Uma lógica que apenas as vítimas da STV conseguem aceitar.

2. A questão dos leucócitos

Os leucócitos, muitas vezes chamados de “células brancas do sangue” (glóbulos brancos), também são proibidos. Na realidade, o termo “células brancas do sangue” é muito relativo, pois a maioria dos leucócitos existe de fato fora do sistema sangüíneo. O nosso corpo contém aproximadamente 2 a 3 quilos de leucócitos, e apenas cerca de 2 a 3% dos leucócitos estão no sistema sangüíneo. A porcentagem restante (cerca de 97% a 98%) está espalhada por todo o tecido do corpo, formando o sistema de defesa (ou imunológico).

Dado tal aspecto e considerando que a STV passou a autorizar o transplante de órgãos, há nessa mudança de opinião outra contradição, uma vez que, em um transplante, o paciente pode receber muito mais leucócitos do que em uma transfusão de sangue.

A ausência de quaisquer bases morais ou lógicas para essa proibição é também vista no fato de o leite humano conter leucócitos, e, de fato, há mais leucócitos em um litro de leite do que se pode encontrar em um litro de sangue. O sangue contém de 4 a 11 mil leucócitos por milímetro cúbico, enquanto o leite materno pode conter, durante os primeiros meses de aleitação, até 50 mil leucócitos por milímetro cúbico. Isto representa entre cinco a doze vezes mais do que a quantidade presente no sangue. E agora? Os bebês das testemunhas-de-jeová também mamam.

3. A proibição ao armazenamento de sangue

Outra contradição gritante é o fato de a STV utilizar a lei de Moisés como fundamento para proibir a reposição de sangue. Com base em Deuteronômio12.16, afirma que todo o sangue deve ser derramado no chão, e que é contrário à Bíblia o seu armazenamento, como acontece nos respectivos bancos de coletas.

Diante dessa questão, considere agora os fatos seguintes com respeito aos componentes do sangue aceitos pela STV, ela cai em sua própria armadilha:

• Componente Albumina – A albumina permitida pelas testemunhas-de-jeová é usada principalmente em tratamentos relacionados com queimaduras e hemorragias graves. Uma pessoa com queimadura de terceiro grau em 30% a 50% do corpo, necessita de 600 gramas de albumina. São necessários entre 10 e 15 litros de sangue para produzir essa quantidade.
• Componente Imunoglobina – A situação é semelhante no caso da imunoglobina (anticorpos). Para produzir anticorpos em quantidade suficiente para uma vacina que as pessoas (incluindo as testemunhas-de-jeová) que viajam para certos lugares devem tomar como proteção contra a cólera, são necessários perto de 3 litros de sangue como fonte do fornecimento. Isto é ainda mais sangue do que geralmente se emprega em uma transfusão. E, de novo, os anticorpos são extraídos de sangue armazenado.
• Componentes preparados hemofílicos – Por último, os preparados hemofílicos. Antes de essas substâncias começarem a ser usadas, o tempo médio de vida de um hemofílico, na década de 40, era 16 anos e meio. Hoje, graças a essas substâncias derivada do sangue, um hemofílico pode alcançar o tempo normal de vida. Para produzir essas substâncias, estima-se que são necessários 100 mil litros de sangue armazenado.

Perguntamos, então: porque a STV aceita que seus membros se beneficiem desses tratamentos, uma vez que, para isso, são utilizadas grandes quantidades de sangue armazenado, doado voluntariamente por milhares de pessoas movidas simplesmente por um ato de solidariedade, gesto este não repetido por nenhuma testemunha-de-jeová? Isso é justo?

Dando as costas para Deus?

A publicação das testemunhas-de-jeová intitulada Raciocínios à base das Escrituras, quando apresenta seus argumentos quanto à transfusão de sangue, descrevendo o tratamento que deve ser dado àqueles que os indagam dizendo: “O que fará se um médico disser: Morrerá se não tomar transfusão”, sugere como resposta: “Se a situação for realmente tão grave, poderá o médico garantir que ele não morrerá se tomar sangue? [...] Mas há alguém que pode restituir a vida à pessoa, e esse é Deus. Não acha que, quando a pessoa enfrenta a morte, seria uma péssima decisão dar as costas a Deus, violando a sua lei? Eu tenho realmente fé em Deus, e você?” 5 (grifo nosso).

O próprio Jesus Cristo deu exemplo de uma pessoa que, para não desfalecer faminto, transgrediu a Lei e ficou sem culpa. Trata-se de Davi. Ao chegar ao sacerdote Aimeleque, ele e seus companheiros tomaram dos pães da proposição (os quais, segundo Marcos 2.25-26, não era lícito que Davi e seus homens comessem - 1Sm 21.6) e rememoraram a Lei descrita em Levítico 24.5-9.

Ainda na referida obra, Raciocínios à base das Escrituras, sugerem o seguinte como resposta: “Isso talvez signifique que ele não saiba tratar do caso sem uso de sangue. Quando possível, procuramos pô-lo em contato com um médico que tenha a experiência necessária, ou então procuramos outro médico”.6

Como é sabido, a inobservância das diretrizes ditadas pela STV implica em sérias punições para seus sócios, o que acaba levando muitos deles a tomarem atitudes que beiram à loucura, quando seguem rigorosamente essas normas.

Baseada na hipótese de o receptor correr o risco de contaminação pelo vírus HIV na transfusão e/ou reposição sanguínea, amedronta ainda mais seus membros. A exploração apelativa dessa remota possibilidade tem afetado, não somente entre seus seguidores, mas na sociedade como um todo, a boa vontade e caridade de muitos que sinceramente desejam ajudar seu semelhante, doando daquilo que possui como bem físico maior.

Alguns artigos destacados pela organização das testemunhas-de-jeová:

“O sangue tornou-se um negócio de dois bilhões de dólares por ano. A busca de lucros relacionados com ele resultou numa gigantesca tragédia na França. Sangue contaminado com o vírus HIV causou a morte de 250 hemofílicos por doenças ligadas à AIDS, e centenas mais foram infectados”.7

“Uma aliança maligna de negligência médica e ganância comercial levou à morte cerca de 400 hemofílicos alemães, e pelo menos mais 2000 foram infectados com sangue contaminado com o HIV”.8

“O Canadá teve também o seu escândalo do sangue. Estima-se que mais de 700 hemofílicos canadenses tenham sido tratados com sangue infectado com o HIV. O governo foi alertado em julho de 1984 de que a Cruz Vermelha estava distribuindo sangue contaminado com AIDS a hemofílicos canadenses, mas os produtos de sangue contaminado só foram retirados do mercado um ano depois, em agosto de 1985”.9

Poderíamos, então, perguntar a uma testemunha-de-jeová: por que você teme tanto esse risco de contaminação? Não foi você mesma que afirmou, minutos atrás: “...Eu tenho realmente fé em Deus...”?10

Para demonstrar o quanto é falso esse temor induzido pela STV em seus membros, apresentamos na página seguinte o quadro comparativo do grau de risco fatal que se encontra na transfusão e em outros procedimentos médicos:

Como se nota, uma dose de antibiótico à base de penicilina para tratar uma mera infecção de garganta pode, caso não haja a prudência do teste prévio, levar o organismo a uma reação fatal ou a seqüelas, um risco 22 vezes maior do que o ato de transfusão de sangue, o que demonstra mais uma incoerência das Testemunhas de Jeová.

O veredicto bíblico

Com a finalidade de proibir a transfusão e a reposição de sangue, a STV faz uso indevido de Gênesis 9.4: “Somente a carne com sua alma – seu sangue – não deveis comer”, e Atos 15.20: “Mas escrever-lhes que se abstenham das coisas poluídas por ídolos, e da fornicação, e do estrangulado, e do sangue”. Versículos que tratam da proibição do uso de sangue animal na alimentação, afirmando que aceitar sangue de qualquer modo é o mesmo que comê-lo. Todavia, o contexto desses versículos esclarece que jamais poderia ele ser usado isoladamente para a discutida finalidade. Aos cristãos ficou apenas estabelecido que se abstenham do uso de sangue como comida.

Esses versículos também sofreram uma interpretação errônea quando utilizados para proibir a vacinação, que permaneceu “fora do alcance” das testemunhas-de-jeová por muito tempo11. Mantiveram esse posicionamento por mais de 20 anos, quando então o aboliram em A Sentinela de janeiro de 1954, p.15.

Quanto ao transplante de órgãos, A Sentinela de 1 de junho de 1968, p. 349, considera esse procedimento médico tão repugnante quanto o canibalismo, uma prática comum entre os povos bárbaros.

Está suficientemente claro para qualquer leitor da Bíblia, por mais simples que seja, que as citações bíblicas de Atos 15.20, Gênesis 9.4 e Levítico 17.10-14 referem-se, em um primeiro momento, à proibição de comer sangue de animal. Jamais esteve em foco a idéia de comer sangue humano.

A Bíblia não permite o canibalismo, isto é, o ato de comer carne humana, muito menos o ato de comer sangue humano. E mesmo o conceito médico de alimentação endovenosa, utilizado pelas Testemunhas de Jeová, pode até ser “alimentar”, mas não é comer, o que escapa da proibição objetiva da Palavra de Deus.

Considere-se, ainda, que a técnica de transfusão ou reposição não se enquadra no ato de consumo intencional por parte daqueles que o fazem por meio dos gêneros alimentícios que levam sangue em sua receita, como no caso do chouriço (mistura de sangue suíno acrescido de açúcar). Um doador e um receptor jamais cogitam que o sangue doado será objeto de solução para famintos. Antes, terá o nobre propósito de salvar a vida daquele que se vê necessitado dele para fins estritamente medicinais.

Em uma consideração mais teológica, o motivo pelo qual Deus vetou aos homens o consumo de sangue está diretamente relacionado à santidade que este fluído possuía, em especial nos rituais sacrificais do tabernáculo, observando que a regra remonta aos tempos de Noé (Gn 9.4), quando se acha frisado que a vida do animal reside em seu sangue. Esta mesma santidade deriva do fato de que era o sangue que Deus exigia para si como forma de expiação de pecados. O sangue era apresentado no altar do Senhor.

Ainda neste âmbito, todo homem era obrigado a derramar o sangue de um animal que não prestasse para o sacrifício. Uma vez que todo o sangue fosse derramado no chão, deveria ser coberto com pó, conforme rege Levítico 17.13.

Em contestação aos conceitos da STV, encontramos nas palavras do Senhor Jesus, em João 15.13, uma contundente declaração de que, se assim for necessário, a própria vida de alguém deve, como prova de extremo amor, ser entregue por seus amigos, declaração que se acha anotada com semelhante teor na TNM, onde se lê: “Ninguém tem maior amor do que este, que alguém entregue a sua alma (vida) a favor de seus amigos”.

Essa expressão está em perfeita conformidade com toda a doutrina sacrifical descrita no Velho Testamento, quando, segundo a Lei, o transgressor, a cada pecado cometido, deveria apresentar ao sacerdote, de acordo com o seu erro, um animal que se encaixasse nas especificações da Lei Mosaica para que, por meio de sua morte, o derramamento do sangue pudesse atender ao propósito da expiação, pagando o animal pelo erro de seu ofertante, conforme ensina também o Novo Testamento: “Sim, quase todas as coisas são purificadas com sangue, segundo a Lei, e a menos que se derrame sangue, não há perdão” (Hb 9.22). Ainda nos vv. 16-18, atesta-se que há necessidade de o testador morrer para que seu testamento tenha validade, constatando-se no v. 18 que mesmo a primeira aliança foi sancionada com sangue.

Nesse aspecto, contrariamente à visão das testemunhas- de-jeová, a doação de sangue recebe, em toda sociedade, o mais alto conceito de sentimento de humanidade e amor ao próximo, características que devem ser obrigatoriamente encontradas entre os que se dizem cristãos.

No que diz respeito ainda às ações humanitárias, vemos Tiago, em sua epístola universal, reprovando duramente aqueles que, tendo consciência de suas responsabilidades, deixam de beneficiar seu semelhante com seus favores. Segundo o autor, pecam os que têm consciência do benefício que devem executar em favor de seu semelhante e não o fazem (4.7). Posição esta que se equipara à citação de Cristo na parábola do servo vigilante (Lc 12.35-48). A vontade de Jesus é que “amemos o próximo como a nós mesmos” (Mt 22.39).

Entendemos, portanto: não há nenhuma passagem bíblica que regulamente a questão de transfusão e reposição de sangue. Além disso, a própria Bíblia diz que “onde não há lei não há transgressão” (Rm 4.15). 

(Compilado por Marcos Paiva)

Componentes do sangue e práticas proibidas

Componentes do sangue
e práticas permitidas

Sangue total

Albumina

Plasma

Imunoglobina

Glóbulos brancos (leucócitos)

 Preparados hemofílicos (Fator VIII e IX)

Glóbulos vermelhos

 Passagem do sangue do paciente por uma bomba cardiopulmonar ou por outra em que a circulação extracorpórea seja ininterrupta.

Plaquetas

 

Armazenar o sangue do próprio paciente para transfusão posterior.

 


PROCEDIMENTO

GRAU DE RISCO FATAL

Penicilina

 1 a cada 30 mil pacientes

Anestesia Geral

 1 a cada 15/30 mil pacientes

Transfusão de sangue

 1 a cada 83/676 mil pacientes


O sangue é um tecido vivo produzido pela medula óssea de alguns ossos.

O corpo humano carrega cerca de 4 litros de sangue. Eles irrigam uma rede de 200 mil quilômetros de artérias, veias e capilares, o suficiente para dar 5 voltas ao redor da Terra.

A aorta é a maior artéria do corpo. Ela mede 5 centímetros de diâmetro e distribui o sangue em todas as partes do coração.

O sangue circula a uma velocidade de 2 quilômetros por hora. Demora, portanto, 15 segundos para chegar de uma mão a outra e 2 segundos do quadril até os pés.

A primeira transfusão de sangue realizada com sucesso se deu em 1665, quando Richard Lower, membro de uma associação médica londrina, transfundiu sangue de um cão a outro.

Doar sangue não vicia, não engorda, não emagrece, não engrossa o sangue, nem afina a pele. Doar uma vez não obriga você a doar sempre, você apenas doará novamente se quiser.

O coração humano funciona ao ritmo de 72 batidas por minuto, 104 mil por dia, 38 milhões por ano e algo em torno de 2,5 bilhões de pulsações ao longo da vida.

Ele bombeia 85 gramas de sangue a cada batida, o que equivale a mais de 9 mil litros de sangue por dia.

Ao longo da vida o coração bombeia uma quantidade de sangue equivalente para encher 23 mil caminhões-tanque com capacidade de 10 mil litros cada.

Em um minuto, o coração lança 5 litros de sangue no corpo e bombeia 400 litros de sangue por hora.

O coração de um homem adulto é do tamanho de um punho fechado e pesa apenas 340 gramas. O coração da mulher é um pouco mais acelerado; em 1 minuto, bate 8 vezes mais do que o do homem. Nos recém-nascidos, bate 120 vezes por minuto.

FONTE: Fundação Pro-Sangue

Referencias Bibliográficas:

Todas as transcrições bíblicas desta matéria foram extraídas da Tradução do Novo Mundo da Escrituras Sagradas – TNM.
1 The Watchtower (A Sentinela) – 1º de julho de 1951, p. 415 – em inglês
2 The Watchtower (A Sentinela) – 1º de junho de 1969, pp. 326-327 - em inglês
3 The Watchtower (A Sentinela) – 15 de setembro de 1961, p 558 - em inglês
4 Despertai, 22 de outubro de 1990. (falta pagina)
5 Raciocínios a base das Escrituras. STV. 1985, p. 348
6 Raciocínios a base das Escrituras. STV. 1985, p. 348
7 The Boston Globe, 28 de outubro de 1992, p. 4
8 Guardian Weekly, 22 de agosto de 1993, p. 7
9 The Globe and Mail, 22 de julho de 1993, p. A21, e The Medical Post, 30/03/1993, p. 26 em Despertai!, 22 de maio de 1994, p. 31
10 Raciocínios a base das Escrituras. STV. 1985, p. 348
11 The Golden Age 4, fevereiro de 1931, p.293 – Hoje, atual Revista Despertai!


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