domingo, 25 de novembro de 2012

AFIRMAÇÕES DE JESUS SOBRE SUA PESSOA

QUEM JESUS DISSE QUE ERA?
O início da vida humana de Jesus pode ser traçado em poucas palavras — Ele teve uma vida humilde e trabalhou em uma carpintaria na obscura aldeia de Nazaré. Entretanto, apesar dessa origem humilde, em nenhum momento Ele teve dúvidas sobre sua pessoa ou propósito. Assim que iniciou seu ministério público, Ele passou a ensinar e demonstrar a todos que era mais do que humano, que de fato Ele era Deus vindo em forma humana. Quando seus inimigos perceberam a importância de suas afirmações, pegaram em pedras para matá-lo (Jo 8.59; 10.31).
Finalmente, milhares de seus amigos e seguidores creram nele, confessando que “jamais alguém falou como este homem” (João 7.46). Eles nunca tinham ouvido alguém exclamar que “aqui está quem é maior do que Jonas” ou “aqui está quem é maior do que Salomão” ou “a principal pedra” está aqui ou o supremo “EU SOU” está aqui! (Mateus 12.41-42; Lucas 20.17; João 8.58). Jesus fez cada uma dessas afirmações, e outras mais. Ele sabia exatamente quem era: o divino Filho de Deus, a segunda pessoa da trindade.

Afirmações Corajosas Que Requerem Resposta

Meu amigo e colega de muitos anos, o Dr. Henry Morris II, um dos três maiores estudiosos que já conheci, fez o seguinte comentário sobre as afirmações de Jesus como divindade:
Tais afirmações devem ser estudadas cuidadosamente e com extrema seriedade. Elas foram feitas realmente pelo próprio Cristo e, de acordo com as regras da razão e da lógica, devem ser aceitas como verdade absoluta. Elas equivalem in toto a uma afirmação absoluta e dogmática: que Jesus Cristo é Ele mesmo o Deus eterno! Sendo assim, se uma pessoa desconsiderar ou rejeitar este fato, isto lhe custará a perda trágica e eterna de sua própria alma.

As alegações são muitas e variadas, mas todas resultam, tanto individual como coletivamente, na afirmação do caráter singular de Jesus como o eterno Filho de Deus. Uma amostragem disso é dada abaixo, sem qualquer comentário (porque nenhum é necessário):
 “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”(Jo 14.6)

“O Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados.” (Mt 9.6)

“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus.” (Mt 10.32)

“Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mt 11.27)

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente.” (Jo 11.25,26)

“O Filho do homem é senhor também do sábado.” (Mc 2.28)

“Quem perder a vida por minha causa, esse a salvará.” (Lc 9.24)

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida.” (Jo 8.12)

“Quando vier o Filho do homem, achará porventura fé na terra?” (Lc 18.8)

“O Filho do homem... veio para dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mc 10.45)

“Aquele... que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede.” (Jo 4.14)

“O Pai... ao Filho confiou todo o julgamento.” (Jo 5.22)
“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mt 11.28)

“Os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.” (Jo 5.25)

“Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.” (Lc 21.33)

“Antes que Abraão existisse, EU SOU.” (Jo 8.58)

“Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18)

“Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim são ladrões e salteadores.” (Jo 10.7,8)

“Eu e o Pai somos um.”(Jo 10.30)

“Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, jamais terá fome.” (Jo 6.35)

Afirmações como essas poderiam ser acrescentadas em grande número. Lembre-se de que Ele, por não ter pecado, jamais o enganaria e que, sendo o mais sábio dos mestres, não poderia estar enganado. As reivindicações são verdadeiras, e as promessas, confiáveis. Frente a essa evidência incontestável, podemos apenas dizer, como o ex-cético Tome: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.28).

Uma Evidência Inquestionável

Os que alegam que Jesus estava confuso sobre sua identidade não devem ter lido os registros do evangelho. Não pode haver dúvida de que Jesus sabia que Ele era o Messias, como prova um incidente registrado em João 4.
Um dia Jesus encontrou uma mulher samaritana no famoso poço de Jacó. Jesus, que nunca havia encontrado antes aquela mulher, mostrou sua natureza divina dizendo-lhe (para sua enorme surpresa) que ela tivera cinco maridos e estava naquele momento vivendo com um homem, sem ser casada com ele. Imediatamente ela reconheceu que Ele era “um profeta” (versículo 19).
Após ter conversado com Jesus, ela fez uma declaração que indica que o conhecimento da vinda de um Messias estava bastante difundido, mesmo em Samaria. Esta mulher pecadora disse: “Eu sei... que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando Ele vier nos anunciará todas as coisas.” Observe o que Jesus respondeu: “Disse-lhe Jesus: ‘Eu o sou, eu que falo contigo’“ (versículos 25-26).
Nunca é demais enfatizar a importância dessa conversão, pois ela prova que mesmo as pessoas leigas naqueles dias sabiam sobre a vinda do Messias. E também uma aceitação clara e direta da parte de Jesus de que Ele era o Messias pelo qual as pessoas estavam esperando. Este texto deixa claro que Jesus não estava confuso sobre quem Ele era.

Seis Afirmações Específicas da Divindade.

O capítulo cinco de João contém a mais clara das afirmações de Jesus sobre sua divindade encontrada no Novo Testamento. Existem outras passagens abordando esse mesmo assunto, como já vimos acima, mas só nesse capítulo são encontradas seis citações. João, uma testemunha ocular dos eventos da vida de Jesus, em um único dia ouviu-o relacionar estas seis características de sua divindade. Tomadas em conjunto, elas provam que Jesus acreditava ser mais do que um homem, que de fato era Deus em forma humana.
Estas seis afirmações da divindade foram feitas a um grupo de líderes judeus que objetaram quando, em um sábado, Jesus curou um inválido.
Jesus tinha ido a Jerusalém para a festa da páscoa, como os homens israelitas deviam fazer três vezes por ano. Enquanto estava lá, Jesus foi visitar o tanque de Betesda, onde havia “uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos [esperando que se movesse a água...]”. João, uma testemunha ocular, relata a história:
Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe:”Queres ser curado?” Respondeu-lhe o enfermo: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.”
Então lhe disse Jesus: “Levanta-te, toma o teu leito e anda. “Imediatamente o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado. Por isso disseram os judeus ao que fora curado: “Hoje é sábado e não te é lícito carregar o leito. “Ao que ele lhes respondeu: “O mesmo que me curou me disse: “Toma o teu leito e anda”. Perguntaram-lhe eles: “Quem é o homem que te disse: ‘Toma o teu leito e anda ? “Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, por haver muita gente naquele lugar.
Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.” O homem retirou-se e disse aos judeus que fora Jesus quem o havia curado. E os judeus perseguiam a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado (Jo 5.5-16).

O ensino decorrente desse acontecimento foi motivado pela exagerada devoção dos judeus à guarda do sábado, em obediência ao quarto mandamento. Eles desconsideraram o fato de que Deus já havia permitido algumas exceções a este mandamento, no Velho Testamento, para emergências e atos de bondade (Veja Números 28.9-10; 1 Samuel 21.1-6; Mateus 12.11-12). Alguns ficaram tão transtornados com esse milagre realizado no dia de sábado que procuraram matar Jesus, muito embora isto significasse uma violação do sexto mandamento. Para eles, Jesus tinha cometido um pecado imperdoável: tinha se considerado “igual a Deus”. Jesus justificou suas ações fazendo seis afirmações clássicas de sua divindade.
Embora esses atributos legítimos de sua divindade não abrangessem todas as características desta natureza demonstradas durante sua vida, eles provam que logo depois de deixar sua oficina de carpinteiro em Nazaré, Jesus proclamou, sem deixar dúvida, quem Ele era: Deus em forma humana. E Ele nunca desmentiu isso.

1. Jesus afirmou ser Deus encarnado

Ele respondeu aos fariseus: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” Portanto os judeus procuravam mais ainda matá-lo, porque Ele não somente desrespeitou o sábado, “mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.17-18).
Para defender seu trabalho no sábado, Jesus citou o exemplo do próprio Deus Pai, que trabalhou no dia de sábado, mesmo depois da criação. Na verdade, Deus “descansou” no sentido de que nenhuma ação criadora foi realizada no sétimo dia, mas Ele sustentou sua criação naquele primeiro sábado e em cada sábado desde então. Quando Jesus argumentou que estava “trabalhando” (ou fazendo o bem) no dia de sábado, Ele estava defendendo a prática de ações semelhantes àquelas de “meu Pai”. Os judeus imediatamente perceberam o que Ele estava querendo dizer — que era o Filho de Deus e, portanto, igual a Deus. Foi por isso que eles “ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”.
A mensagem de Jesus não podia ser mais clara. Ele se considerou “igual a Deus”.
No versículo 19 Ele amplia essa afirmação, sustentando que estava tão unido ao Pai que “o Filho” fazia coisas da mesma forma que o Pai. Jesus não hesitou em personalizar seu relacionamento com Deus de um modo impossível para os judeus. Abraão, Isaque e Jacó, seus respeitáveis antepassados, jamais tinham dito “Deus é meu Pai”, porém Jesus não vacilou em fazê-lo. Por quê? Porque Ele era “o Filho de Deus” em forma humana! Ele nunca recuou no uso deste título. E nunca se considerou apenas “uni Filho de Deus”, mas sempre “o Filho de Deus”. Para os judeus isto era uma terrível blasfêmia; para Ele era a confirmação de um fato.

2. Jesus afirmou seu poder de ressuscitar os mortos

“Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer” (Jo 5.21).
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.28-29).
Os judeus do tempo de Jesus (com exceção da pequena seita dos saduceus) acreditavam na ressurreição e na vida depois da morte. Por esta razão Marta pôde dizer a Jesus de seu falecido irmão Lázaro: “Eu sei... que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” (João 11.24). Como todos os judeus, ela tinha aprendido esta doutrina desde a infância. Mas os judeus acreditavam que somente Deus podia ressuscitar os mortos. Nesta passagem, Jesus alega que Ele é quem ressuscita os mortos.
Permita-me fazer-lhe uma pergunta: alguma vez você tentou ressuscitar os mortos? Certamente que não. Nós, humanos, nunca admitimos tal autoridade e poder. Muitas vezes como ministro do evangelho desejei ter poder para ressuscitar algumas pessoas como aquele jovem pai que deixou esposa e três filhas... ou aquele lindo bebê... ou aquele jovem levado no auge de sua vida. Mas, francamente, embora eu pudesse ansiar por esse poder, nunca fui sequer tentado a praticar esta ação. Por que não? Porque somente Deus pode ressuscitar os mortos! E este é o ensino de Jesus.
As Escrituras relatam quatro casos de ressurreição de mortos realizados por dois profetas (Elias e Eliseu) e por dois apóstolos (Paulo e Pedro). Mas em cada ocasião eles esclareceram que foi Deus quem os usou para realizar o milagre. Jesus ressuscitou um homem por seu próprio poder e foi o único que ressuscitou alguém morto há quatro dias. O que também não deve passar desapercebido é que Jesus não somente ressuscitou três pessoas, mas garantiu que ressuscitaria tanto os justos como os injustos no dia do juízo. Seus ouvintes estavam perfeitamente familiarizados com a profecia de Daniel de que haveria dois tipos de ressurreição no final dos tempos: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12.2). Em João 5.29, Jesus está nitidamente afirmando ser aquele que realiza essas ressurreições. Tal afirmação podia ser feita somente por Deus ou por alguém desequilibrado mental. E uma vez que sua vida, ensinos e ministério não indicam nenhum distúrbio mental, e sim, como veremos, manifestam muitas características divinas, somos forçados a concluir que Ele era realmente o unigênito “Filho de Deus” em forma humana.
O fato de Jesus ter demonstrado poder para ressuscitar três pessoas mortas durante seu ministério (fez isso quando esteve em funerais) e levantar-se de seu túmulo ao terceiro dia, lançando os fundamentos da religião que leva seu nome, coloca diante de toda a humanidade uma pergunta essencial: “Quem possui vida em si mesmo e poder para ressuscitar os mortos?” Resposta: “Somente Deus!”

3. Jesus afirmou ser o futuro juiz de todos os homens

 “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento” (Jo 5.22).

Os seres humanos sabem intuitivamente que algum dia serão julgados por Deus, de acordo com aquilo que fizeram na terra. Muitos que semearam o mal adotam o ateísmo, temerosos da justiça de Deus. Tentam com isso rejeitar tanto Cristo como Deus, e por conseguinte o dia do juízo. Se, por alguma razão, eles rejeitam a existência de Deus, podem também lançar dúvidas sobre o encontro final com Ele no dia do juízo — pelo menos até o momento da morte, quando tais fantasias desaparecem. Nesta encruzilhada, alguns — como o cético francês Voltaire ou o moderno humanista francês Sartre — entram na eternidade sem Cristo, gemendo de pavor e desesperança.
Para nossos propósitos aqui, é importante notar que Jesus Cristo afirmou publicamente que nenhuma pessoa, em sã consciência, jamais pensaria de si mesma: “Eu sou o Deus soberano que irá julgar todos os homens.” Esta é uma prerrogativa impossível a qualquer pessoa — exceto, naturalmente, se Ele for verdadeiramente Deus. Jesus de Nazaré fez exatamente esta afirmação. Portanto, Ele se considerava divino e ensinou abertamente que um dia todos os seres humanos comparecerão diante dele para serem julgados.
Jesus ensinou claramente que haverá um julgamento final e sabemos por outras passagens bíblicas que tal veredicto será eterno. Se você nunca aceitou Cristo como seu salvador, alguma vez já parou para considerar que, quando estiver sendo julgado diante do “grande trono branco” (Apocalipse 20.11), você irá enfrentar a mesma pessoa da trindade que morreu na cruz por seus pecados como um substituto voluntário? Naquele momento você terá de admitir que o rejeitou. Se você acredita que Deus passará por cima de seus pecados e de sua rejeição a Cristo, sua crença não pode ser baseada na Bíblia, pois ela ensina claramente que Jesus é o único caminho para a salvação (João 14.6; Atos 4.12). E todos que o rejeitam prestarão conta disso.
“De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu o retribuirei/ E outra vez: O Senhor julgará o seu povo/ Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.29-31).

4. Jesus afirmou ser tão digno de honra quanto Deus

“...a fim de que todos honrem o Filho, do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou” (Jo 5.23).

Quando Jesus disse que, assim como os homens honravam e adoravam a Deus, deveriam igualmente honrá-lo e adorá-lo, Ele estava novamente afirmando não possuir uma natureza simplesmente humana. A prova de que os judeus consideraram a afirmação uma grande blasfêmia é observada em sua tentativa subseqüente de matá-lo. Honra e adoração a Deus eram partes integrantes da fé judaica há vários séculos. A reverência a Deus era tão grande que eles nem mesmo pronunciavam seu nome em voz alta. Entretanto, Jesus afirmava abertamente ser tão digno de honra quanto o Pai, pois era igual a Ele.
Quase cinqüenta anos depois, o apóstolo João escreveu que uma das condições essenciais para a salvação era honrar o Filho do mesmo modo como honramos o Pai  (1 João 2.23; 4.15; 5.10-12). Não ofendemos a Deus por honrar igualmente o Pai e seu Filho; pelo contrário, recebemos a bênção de Deus todas as vezes em que honramos a ambos.

5. Jesus afirmou a autoridade de conceder vida eterna

“Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
Outro desejo universal encontrado em cada coração humano é o de viver para sempre. As religiões do mundo anunciam a vida após a morte como sendo um paraíso [algo como um eldorado terrestre], “nirvana” [paz ou quietude perpétua] ou qualquer outra coisa que identificam como “céu”.
Somente os doutrinados no ateísmo podem dizer com alguma convicção: “Quando você morre, está tudo acabado”. E mesmo alguns deles têm mudado de opinião com a aproximação da morte.
Todas as religiões do mundo falham ao ensinar como as pessoas podem ter garantia de salvação eterna. Invariavelmente, elas prescrevem um sistema baseado em boas obras ou esforço próprio. No cristianismo não é assim. Jesus afirmou de maneira incontestável que tinha autoridade para proporcionar a salvação eterna e concedê-la a todo aquele que “ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou” (João 5.24).
A chave é crer que Jesus foi enviado por Deus e pode dar vida àqueles que crerem nele (isto é, depositam sua fé nele). Ele afirmou ser o próprio objeto da fé, capaz de outorgar a salvação. Isto, naturalmente, seria um absurdo se Jesus fosse apenas homem.
Mas, se Ele é Deus, como afirmou, então certamente tem a capacidade de conceder a vida eterna. E é isto que Deus faz!

6. Jesus afirmou ser a fonte da vida

“Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do homem” (Jo 5.26-27).
Jesus declarou corajosamente que partilhava sua natureza com Deus, tornando-se assim a fonte da vida. Os judeus tinham uma expressão para esta característica divina, usada pelo próprio Deus quando falou a Moisés na sarça ardente. Quando o povo perguntasse a Moisés: “Quem o enviou?”, ele foi instruído a dizer: “EU SOU me enviou” (Êxodo 3.13-14). Esta é a expressão suprema de Deus. Ela significa essencialmente que Deus é “o princípio de todas as coisas”.
Quando Jesus afirmou que tinha “vida em si mesmo”, exatamente como o Pai, isso equivalia a identificar-se com “EU SOU”, a causa não causada de todas as coisas. Não é surpresa, pois, encontrá-lo em João 8.58 usando este mesmo título para se identificar. Ele anunciou aos judeus: “antes que Abraão existisse, EU SOU.” Ao longo de seu ministério Ele desenvolveu este título, afirmando-o uma vez ou outra: “Eu Sou a luz do mundo... Eu Sou o caminho... Eu Sou a verdade... Eu Sou o Messias... Eu Sou a porta das ovelhas... Eu Sou o bom pastor... Eu Sou o Filho de Deus” (Veja João 4.26; 8.12; 10.7; 11.36; 14.6). Nenhuma afirmação mais forte da divindade podia ser feita por outra pessoa. Os judeus entenderam isto perfeitamente — razão por que tentaram apedrejá-lo. “Sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (Jo 10.33), disseram eles enfurecidos.
Após a leitura desta lista de seis afirmações, não podemos deixar de concluir que Jesus se considerava mais do que um simples ser humano. Ele sabia que era o Filho de Deus, que todo poder e autoridade residiam nele. Esta é a razão por que, na grande comissão após sua ressurreição, Ele lembrou a seus discípulos: “Toda a autoridade me foi dada” (Mateus 28.18).
A lista apresentada acima, por si só, prova que Jesus afirmava ser Deus em forma humana. Ele disse estas coisas publicamente, para que os outros pudessem chegar à mesma conclusão. Aqueles que aceitaram suas afirmações tornaram-se seus ardorosos seguidores; outros as rejeitaram e seguiram seus próprios caminhos. A salvação é sempre assim; Deus nos deu liberdade para crer nele ou rejeitá-lo, de acordo com nossa vontade. A escolha é sempre deixada para nós.
Fonte: Um Homem Chamado Jesus.
Tim La Haya.


"Quando DEUS trabalha O HOMEM muda!" 
Prof. Abdias Barreto
Contatos: (85).8857-5757. 
profabdias@gmail.com

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CHEIO DO ESPIRITO SANTO

C H E I O  D O   E S P I R I T O   S A N T O. 
Que Vem a Ser isso ?
Os apóstolos e irmãos, no dia de pentecoste, receberam-no. Mas o que receberam? Que poder exerceram depois daquele acontecimento?
Receberam poderoso batismo do Espírit
o Santo, vasto incremento da iluminação divina. Esse batismo proporcionou grande diversidade de dons que foram usados para a realização da obra. Abrangia evidentemente os seguintes aspectos: o poder de uma vida santa; o poder de uma vida de abnegação (essas manifestações hão de ter tido grande influência sobre aqueles a quem proclamavam o evangelho); o poder da vida de quem leva a cruz; o poder de grande mansidão, que esse batismo os capacitou a evidenciar por toda parte; o poder do amor na proclamação do evangelho; o poder de ensinar: o poder de uma fé viva e cheia de amor; o dom de línguas; maior poder para operar milagres; o dom da inspiração, ou seja, a revelação de muitas verdades que antes não reconheciam; o poder da coragem moral para proclamar o evangelho e cumprir as recomendações de Cristo, custasse o que custasse.
Nas circunstâncias em que os discípulos se achavam, todos esses poderes eram indispensáveis para seu sucesso. Contudo, nem separadamente nem todos em conjunto constituíam aquele poder do alto que Cristo prometera, e que eles evidentemente receberam. O que manifestamente lhes sobreveio, como meio supremo e de suprema importância para o sucesso, foi o poder para vencer e convencer, junto de Deus e dos homens: o poder de fixar impressões salvadoras na mente dos homens.
Esse último é que foi sem dúvida o que eles entenderam que Cristo Ihes prometera. Ele encarregara a Igreja da missão de converter o mundo à sua Pessoa. Tudo que acima citei foram apenas os meios que jamais poderiam colimar o fim em vista, a não ser que fossem vivificados e se tornassem eficientes pelo poder de Deus. Os apóstolos, sem dúvida, entendiam isso, e, depondo a si mesmos e a tudo que possuíam sobre o altar, puseram cerco ao trono da graça no espírito de inteira consagração à obra.
Receberam, de fato, os dons acima citados; mas, principalmente, esse poder de impressionar os homens para a salvação. Ele manifestou-se logo em seguida: começaram a dirigir-se à multidão e --maravilha das maravilhas! -- três mil converteram-se na mesma hora. Note-se, porém, que não foi manifestado por eles nenhum novo poder nessa ocasião, exceto o dom de línguas. Não operaram dessa feita nenhum milagre, e mesmo as línguas, usaram-nas simplesmente como meio de se fazerem entender.
Note-se que ainda não tinham tido tempo para revelar dons do Espírito, além dos que mencionamos acima. Não tiveram naquela hora a oportunidade de mostrar uma vida santa, nem algumas das poderosas graças e dons do Espírito. O que foi dito na ocasião, conforme o registro bíblico, não podia ter causado a impressão que causou, se não fosse dito por eles com novo poder, a fim de produzir no povo uma impressão salvadora. Não se tratava do poder da inspiração, pois estavam apenas declarando certos fatos que eram de seu conhecimento. Não foi o poder da erudição e cultura humana, pois disso tinham muito pouco. Não foi o poder da eloqüência humana, pois disso também não parece ter havido muito.
Foi Deus falando neles e por meio deles. Foi o poder vindo do alto, sim, Deus neles, causando uma impressão salvadora naqueles a quem se dirigiam. Esse poder de impressionar os homens para a salvação permanecia com eles e sobre eles. Foi essa, sem dúvida, a promessa principal feita por Cristo e recebida pelos apóstolos e cristãos primitivos. Em maior ou menor medida, permanece na Igreja desde então. Trata-se de um fenômeno misterioso que muitas vezes se manifesta de modo surpreendente. Às vezes uma simples frase, uma palavra, um gesto, ou mesmo um olhar, transmite esse poder de maneira vitoriosa.
Para honra exclusiva de Deus, contarei um pouco da minha própria experiência no assunto. Fui poderosamente convertido na manhã do dia 10 de outubro. À noitinha do mesmo dia, e na manhã do dia seguinte, recebi batismos irresistíveis do Espírito Santo, que me traspassaram, segundo me pareceu, corpo e alma. Imediatamente me achei revestido de tal poder do alto, que umas poucas palavras ditas aqui e ali a indivíduos provocavam a sua conversão imediata.
Parecia que minhas palavras se fixavam como flechas farpadas na alma dos homens. Cortavam como espada; partiam como martelo os corações. Multidões podem confirmar isso. Muitas vezes uma palavra proferida, sem que disso eu me lembrasse, trazia convicção, resultando, em muitos casos, na conversão quase imediata. Algumas vezes me achava vazio desse poder: saía a fazer visitas e verificava que não causava nenhuma impressão salvadora. Exortava e orava, com o mesmo resultado. Separava então um dia para jejum e oração, temendo que o poder me houvesse deixado e indagando ansiosamente pela razão desse estado de vazio. Após ter-me humilhado e clamado por auxílio, o poder voltava sobre mim em todo o seu vigor. Tem sido essa a experiência da minha vida.
Poderia encher um volume com a história da minha própria experiência e observação com respeito a esse poder do alto. É um fato que se pode perceber e observar, mas é um grande mistério. Tenho dito que, às vezes, um olhar encerra em si o poder de Deus. Muitas vezes o tenho presenciado. O seguinte fato serve de ilustração.
Pregava pela primeira vez em uma vila manufatureira. Na manhã seguinte entrei em uma das fábricas para vê-la funcionar. Ao entrar no departamento de tecelagem, vi um grande número de moças e notei que algumas me olhavam, depois umas às outras, de um modo que indicava espírito frívolo e que me conheciam. Eu, porém, não conhecia nenhuma delas. Ao aproximar-me mais das que me tinham reconhecido, parecia que aumentavam suas manifestações de mente leviana. Sua leviandade impressionou-me; senti-a no íntimo. Parei e olhei-as, não sei de que maneira, pois minha mente estava absorta com o senso da sua culpa e do perigo que representavam.
Ao firmar o olhar nas jovens, observei que uma delas se tornou muita agitada. Um fio partiu-se; ela tentou emendá-lo, porém suas mãos tremiam de tal forma que não pôde fazê-lo. Vi imediatamente que aquela sensação se espalhava, tornando-se geral entre aquele grupo. Olhei-as firmemente, até que uma após outras, entregavam-se e não davam mais atenção aos teares. Caíram de joelhos, e a influência se espalhou por todo o departamento. Eu não tinha proferido uma palavra sequer e, mesmo que o tivesse, o ruído dos teares não teria deixado que a ouvíssemos. Dentro de poucos minutos o trabalho ficou abandonado. Lágrimas e lamentações por todos os lados. Nesse instante entrou o dono da fábrica, que era incrédulo, acompanhado, creio, pelo superintendente, que professava a fé. Quando o dono viu o estado de cousas, disse ao superintendente: "Mande parar a fábrica".
"É mais importante", acrescentou rapidamente, "a salvação dessas almas do que o funcionamento da fábrica". Assim que cessou o troar das máquinas, o dono perguntou; "Como faremos? Precisamos de um lugar de reunião, onde possamos receber instrução". O superintendente respondeu: "O salão de fiação serve". Os fusos foram levantados para desocupar o lugar e toda a fábrica avisada para se reunir naquele salão. Tivemos uma reunião maravilhosa. Orei com eles e dei as instruções que na ocasião eram cabíveis. A palavra foi com poder. Muitos manifestaram esperança naquele mesmo dia, e dentro de poucos dias. segundo fui informado, quase todos os trabalhadores daquele grande estabelecimento, inclusive o dono, criam em Cristo.
Esse poder é uma grande maravilha! Muitas vezes já vi pessoas incapazes de suportar a palavra. As declarações mais simples e comuns cortavam os homens como espada, onde se achavam sentados, tirando-lhes a força física e tornando-os desamparados como mortos. Várias vezes já fiquei impossibilitado de levantar a voz, ou de falar em oração ou exortar a não ser de modo bem suave, sem dominar inteiramente os presentes. Não que eu pregasse de modo a aterrorizar o povo: os mais doces sons do evangelho os submergiam. Parece que às vezes esse poder permeia o ambiente das pessoas que o possuem. Muitas vezes em uma comunidade grande número de pessoas é revestido desse poder, e então toda a atmosfera do lugar parece ficar impregnada com a vida de Deus. Os estranhos que ali chegam de fora, de passagem pelo lugar, são, de repente, tomados de convicção de pecado e, em muitos casos, se convertem a Cristo.
Quando os cristãos se humilham e consagram novamente a Cristo tudo o que possuem, pedindo então esse poder, recebem muitas vezes esse batismo e se tornam instrumentos da conversão de mais almas em um dia do que em toda a sua vida até então. Enquanto os crentes permanecem humildes bastante para continuar de posse desse poder, a obra da conversão prossegue até que comunidades e mesmo regiões inteiras se convertem a Cristo. 
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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

COMO FICAR CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

O ESPIRITO SANTO
Freqüentemente pessoas me perguntam: "Como posso ficar cheio do Espírito?" Nós recebemos a ordem de ficar cheios, mas como vamos obedecer? Como a presença e o poder do Espírito Santo podem se tornar reais em nossa vida? Este é o ponto-chave do problema. Tudo que eu disse até aqui sobre ficar cheio do Espírito será somente um artigo interessante, sem relação direta com nossa vida, se não fizermos nós mesmos a experiência: ficar cheio do Espírito.
É interessante que em nenhum lugar a Bíblia nos dá uma fórmula clara e concisa de como ficar cheio do Espírito. Eu creio que isto é assim porque a maioria dos crentes do primeiro século não precisavam que alguém lhes dissesse isto. Eles sabem que a vida normal do cristão é uma vida cheia do Espírito. O fato de nós estarmos tão confusos sobre este assunto hoje em dia é uma prova triste do baixo nível espiritual da nossa vida.
Apesar de a Bíblia não dizer muita coisa sobre este assunto, quando tomamos o Novo Testamento como um todo sobrarão poucas dúvidas em nossa mente sobre o que significa ter uma vida cheia do Espírito, ou como ela pode se tornar real em nós. Eu creio que o ensino do Novo Testamento sobre como ficar cheio do Espírito Santo pode ser resumido em três expressões: compreensão, submissão e andar pela fé.
COMPREENSÃO
O primeiro passo para ficar cheio do Espírito é compreensão; há certas coisas que nós precisamos saber e compreender – verdades que Deus revelou em Sua Palavra, a Bíblia. Algumas destas verdades já foram mencionadas, mas vamos recapitulá-las para ter certeza de que as sabemos bem. Quais são elas?
A primeira verdade que precisamos compreender é que Deus nos deu o Seu Espírito Santo, e que Ele mora em nós. Se eu aceitei a Cristo como meu Salvador, o Espírito de Deus habita em mim. Lembre-se – eu não preciso necessariamente sentir Sua presença, mas isto não quer dizer que Ele esteja ausente. Precisamos compreender que Sua presença é um fato. Deus prometeu que o Espírito viveria em todos os que pertencem a Cristo, e Deus não pode mentir. Nós aceitamos este fato pela fé.
Também devemos compreender que Deus ordena que nós fiquemos cheios do Espírito. Isto significa que é Sua vontade que você fique cheio – e recusar-se a ser cheio é agir contra a vontade de Deus. É uma ordem Sua, e por isso é Sua vontade. Talvez assim fique ainda mais claro: Deus quer nos encher com Seu Espírito. Isto é algo maravilhoso para mim. Deus não nos dá uma medida cheia do Espírito resmungando ou de má vontade. Não, Ele quer que nossas vidas sejam controladas e guiadas pelo Espírito Santo. "Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem" (Lucas11:13). Se você não está cheio do Espírito, tenha certeza de que não é porque Deus não quer. A culpa é totalmente sua.
Isto nos leva a outro ponto que devemos compreender, que é a presença do pecado em nossa vida. O que é que bloqueia a atuação do Espírito em nossa vida? É o pecado. Antes de podermos ficar cheios do Espírito Santo, temos de resolver honesta e completamente todos os pecados conhecidos em nossa vida. Isto pode ser doloroso, quando nos dispomos a encarar coisas que temas escondido ou nem mesmo reconhecido em nossa vida. Mas sem uma purificação dos pecados não podemos ficar cheios do Espírito, e o primeiro passo para a limpeza é reconhecer a presença do pecado.
A maioria de nós deve, uma vez ou outra, ter feito a experiência de ter canos entupidos em casa, de modo que a água só saía a conta-gotas, ou cessava de todo. Onde eu moro, no norte da Califórnia, raramente fica bem frio, mas eu me lembro de uma vez em que a temperatura desceu abaixo de zero. Apesar de os anos que trazem a água da fonte na montanha estarem bem fundo abaixo da terra, eles congelaram totalmente. Tivemos de cavar a terra dura e esquentar uma junta do cano com um maçarico, para derreter o gelo. O pecado em nossa vida é como este gelo – nossa vida espiritual foi "congelada" por um mundo hostil. Só há uma solução: arrepender-se, para abrir o bloqueio e restaurar a fluência do Espírito.
Todos nós sabemos que o "endurecimento das artérias" (arteriosclerose) é uma das doenças perigosas que matam grande parte das pessoas. As artérias vão ficando entupidas com substâncias que ainda confundem os especialistas. Eles ainda não sabem como desentupir estas artérias, de maneira que o sangue possa fluir livremente de novo. A solução mais comum é "fazer um desvio", mas as opiniões dos médicos divergem sobre este método. Em muitos países são gastas grandes somas todo ano em pesquisa médica, para descobrir uma substância química que desobstrua as artérias e livre da morte milhões de pessoas.
Nossa vida, da mesma forma, precisa da substância que é o sangue de Cristo para desentupir canos ou artérias em nó, para que a seiva vital possa fluir por eles. O pecado é o grande obstáculo, e o sangue de Cristo é o potente agente de limpeza, quando aplicado em arrependimento e fé.
Às vezes novos crentes ficam confundidos ao descobrir que ainda são pecadores e que não só continuam sendo tentados, mas até cedem à tentação. Na verdade isto não deveria nos surpreender, porque a velha natureza de pecado ainda está em nós. Antes de alguém vir a Cristo, só uma força está atuando dentro dele, a velha natureza carnal. Quando aceitamos a Cristo, o Espírito Santo vem morar em nossa vida, e agora há duas naturezas atuando em nós: a natureza pecaminosa que quer que nós vivamos para o "eu", e a nova natureza espiritual que quer que nós vivamos para Deus. A questão é: Qual destas naturezas decidirá nossas ações? É por isto que é tão importante ser cheio do Espírito. Se o Espírito não controlar nossa vida, a velha natureza pecaminosa nos dominará. A atuação do Espírito estará bloqueada enquanto permitirmos ao pecado que fique.
Portanto, temos de acabar com o pecado em nossa vida para saber como é ser cheio do Espírito. Isto não é fácil, por diversas razões. Uma, que pode ser muito penoso encarar o pendo. Geralmente a raiz dos nossos pecados é o orgulho, e nosso orgulho fica profundamente ferido quando admitimos honestamente, diante de Deus e diante dos homens, que não somos tão bons como pensávamos que fôssemos.
Também é difícil acabar com o pecado porque (como veremos adiante) não é suficiente conhecer o pecado, mas temos de nos arrepender dele. Alguns de nós possivelmente estão escondendo pecados, tolerando-os, não querendo deixar deles. Como o jovem rico legalista, em Marcos 10, nós queremos o que Jesus nos oferece, mas queremos ainda mais nos apegar a nosso pecado.
Ainda há outra razão que dificulta a extirpação do pecado do nosso coração, que é muito simples: o pecado nos cega espiritualmente, e ficamos cegos principalmente quanto ao horror do pecado. Não vemos o quanto ele penetrou em cada área do nosso ser, e como infeccionou tudo que dizemos, fazemos e pensamos. É muito fácil confessar os pecados que podemos ver claramente, mas pode haver muitos outros pecados, que não estamos veado, e que nos impedem até mais diretamente de andar com o Senhor.
Esta é a razão de a Bíblia ser tão inflexível neste assunto. Não devemos nos contentar com um exame superficial, achando que só os pecados que mais nos incomodam devem ser confessados. O Espírito Santo nos convencerá de outras áreas de pecado que precisamos confessar a Deus, à medida que estudamos a Palavra de Deus em oração – lembre-se que Ele é o Autor da Bíblia. Temos de confessar não só o que nós acharmos que é pecado, mas também o que o Espírito Santo indica ser pecado, quando de fato ouvirmos Sua voz pela Palavra de Deus. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Tim. 3:16).
A confissão deve abranger todos os pecados. Os Cantares de Salomão nos advertem das "raposinhas, que devastam os vinhedos" (2:15). Isto é um exemplo de como "pecadinhos" porem destruir nosso fruto para o Senhor. Pode haver orgulho, inveja ou amargura em nós. Pode ser fofoca, impaciência, indelicadeza ou um temperamento não controlado – tudo que faça a vida dos que vivem ao nosso redor mais difícil. Talvez você deva trazer pensamentos impuros ao Senhor, para que Ele o limpe deles. Glutonaria ou preguiça devem ser enfrentadas.
Talvez o Espírito Santo esteja nos chamando à atenção pelo uso do nosso tempo, ou do nosso dinheiro, ou sobre o nosso estilo de vida, ou sobre o uso (ou abuso) de algum dom que Ele nos deu. Pode ser que estejamos tratando com frieza e indiferença uma pessoa chegada a nós. Em outras palavras, devemos trazer a Deus qualquer pecado que consigamos identificar, para que seja confessado. O pecado existe sob qualquer forma, e o Espírito deve nos guiar quando examinamos nossa vida em oração.
Recentemente um jovem veio falar comigo, dizendo que tinha perdido o Espírito Santo. Eu lhe respondi que ele não tinha perdido o Espírito Santo, mas talvez O tenha entristecido com algum pecado específico. Ele disse que não Se lembrava de nenhuma coisinha que pudesse estar entre ele e Deus. Eu lhe perguntei: "Como está seu relacionamento com seus pais?" "Bem, não é dos melhores", foi sua resposta. Eu cavei mais fundo e perguntei: "Você honra seu pai?" Ele concordou que tinha pecado nesta área. Eu disse a ele: "Por que você não vai e tem uma conversa franca e direta com ele, confessando seu pecado, caso você esteja errado?" Ele fez isto, e alguns dias depois voltou com um grande sorriso, dizendo: "Relacionamento restabelecido".
Há ainda outra afirmação a ser feita sobre confissão de pecados. Temos de ser honestas quanto aos vários pecados que cometemos, mas o maior de todas é – que não deixamos Cristo governar nossa vida. A pergunta mais básica que um cristão pode fazer é esta: Quem está dirigindo minha vida, eu ou Cristo?
Enquanto tentarmos manter o "eu" no centro das nossas vidas, o pecado será sempre um problema sem solução, e nossa vida será marcada por derrotas e desânimo. É impressionante quantos cristãos não querem se submeter ao senhorio de Cristo, e o Novo Testamento está cheio de afirmações de Cristo exigindo nossa entrega total. "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz, e siga-me" (Lucas 9:23). Como é fácil para nós fixar nossos próprios objetivos, agir conforme nossos próprios objetivos, agir conforme nossos próprios motivos, satisfazer nassas próprios desejos, sem sequer perguntar a Deus qual é Sua vontade. Ele nos diz que devemos renunciar a nossos planos e hábitos, e seguir a Ele. Ele nos diz que devemos abdicar do governo da nossa vida, e deixá-Lo governar tudo que somos e fazemos. "Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2 Cor. 5:15). Você reconheceu a maneira completa – e trágica – com que o pecado dominou sua vida, e está disposto a submeter tudo à autoridade e à direção de Cristo?
Temos de compreender também que o Espírito Santo está em nós, e que Deus quer que nossa vida seja controlada por Ele. Antes temos de compreender nosso pecado em toda sua dimensão. E o que mais precisamos é responder à pergunta crucial: Quem está controlando nossa vida – nós ou Cristo? Só quando compreendermos tudo isto poderemos passar para o segundo passo.
SUBMISSÃO. 
O segundo passo para ser cheio do Espírito Santo é o que nós podemos chamar de submissão. O que eu quero dizer com isto? Com submissão eu me refiro à renúncia aos nossos métodos, procurando acima de tudo submeter-nos a Cristo como Senhor, ser governados por Ele em todas as áreas da nossa vida. 
Vemos a importância disto no que foi dito antes sobre a maneira com que o pecado bloqueia o controle do Espírito Santo. A essência do pecado é a vontade própria – egocentrismo, ao invés de Cristocentrismo. Para sermos cheios do Espírito, controlados e dominados por Ele, temos de colocar a Cristo no centro da nossa vida, e tirar de lá o "eu", ou seja, submeter-nos a Ele – permitir que Ele Se torne Senhor em nossa vida.
Como concretizar isto? Há duas etapas para conseguir isto, a meu ver.
Em primeiro lugar, arrepender-se e confessar. Acabamos de constatar que uma das coisas que temos de compreender é a profundeza do nosso pecado. Mas só compreender não é suficiente. Temos de confessar o pecado a Deus, e nos arrepender dele. Muitas pessoas sabem que são pecadoras, podem até fazer uma lista dos pecados que são um problema para elas. Às vezes ficam tristes com a situação e gostariam que as coisas fossem diferentes, mas nunca mudam. Por quê? Porque nunca confessaram os pecados a Deus, arrependendo-se deles.
Há uma diferença entre confessar e se arrepender, embora a Bíblia veja as duas coisas muito próximas uma da outra, como dois lados de uma moeda. Confessar é reconhecer o pecado. É admitir diante de Deus que eu sei que sou pendor, porque há certos pecados que eu sei que cometi. O maravilhoso da questão é que Deus prometeu nos perdoar quando formos a Ele em humilde confissão. Uma das grandes promessas da Bíblia está em 1 João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça".
Arrepender quer dizer renunciar ao pecado. No grego (a língua em que o original do Novo Testamento foi escrito) a palavra "arrepender-se" implica em uma mudança completa e radical de atitude. É mais do que ficar sentido com o que fez, mais que confessar: arrepender-me dos meus pecados é voltar as costas a eles e olhar para Cristo e Sua vontade.
Se eu estou culpado de pensamentos maus, eu renuncio a eles quando me arrependo deles, e decido, pela graça de Deus, encher minha mente com coisas que O honrem. Se eu maltratei alguém ou o tratei de maneira pouco amorosa, eu decido fazer tudo o que for necessário para substituir minha indelicadeza por atitudes amáveis. Se meu estilo de vida não está agradando o Deus, eu vou mudá-lo para encaixá-lo mais na vontade de Deus. Arrependimento é conscientemente voltar as costas para os pecados. "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te" (Apoc. 2:5).
Depois de confessar cada pecado conhecido e se arrepender dele, a segunda etapa da submissão é sujeitar-se a Deus e à Sua vontade. A confissão e o arrependimento podem ser chamados de o lado negativo da submissão; implicam em livrar-se de tudo que impede que Deus controle a nossa vida. Sujeitar-se a Deus podemos chamar de o lado positivo: envolve colocarmo-nos total e completamente (da melhor maneira que podemos) nas mãos de Deus, em completa submissão à Sua vontade para nossa vida.
No capítulo 6 de Romanos esta etapa de sujeição é apresentada com clareza. Paulo fala primeiro de como o pecado nos governou no passado. Mas agora nós pertencemos a Cristo – não vivemos mais para nosso antigo dono, o pecado – vivemos agora para Cristo, nosso novo Dono. Por isso não devemos ceder ao pecado, mas nos sujeitar a Deus. "Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros como instrumentos de justiça" (Rom. 6:13). Paulo continua, dizendo-nos que nós fomos libertados da escravidão ao pecado – não pertencemos mais ao pecado. Mudamos de dono. No primeiro século um escravo podia sem comprado a qualquer momento e assim ser propriedade de outro; da mesma maneira nós fomos comprados pelo sangue de Cristo, e agora pertencemos a Deus. "Uma vez libertados do pendo, fostes feitos servos da justiça" (Rom. 6:18).
As palavras traduzidas por "oferecei-vos a Deus" têm um significado muito bonito na língua grega original. Outras versões as traduziram de diversas maneiras: "Ponham-se nas mãos de Deus" (Phillips); "Entreguem-se a Deus" (BLH); "Apresentai-vos a Deus" (IBB). O significado mais exato da palavra "oferecer-se" é "colocar-se à disposição de alguém". Em outras palavras, quando nós nos entregamos a Cristo não simplesmente nos sentamos e esperamos que Deus faça alguma coisa através de nós. Não, nós nos colocamos à Sua disposição – dizemos, com efeito: "Senhor, eu sou Teu, para ser usado da maneira que Tu quiseres. Estou à Tua disposição, Tu podes fazer comigo o que Te aprouver. Eu quero a Tua vontade para minha vida, não a minha vontade." "Ponham-se à disposição de Deus!" (Rom. 6:13 em outra versão).
O mesmo termo é usado em Romanos 12:1: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus." Isto inclui todas as áreas do nosso ser. Nossas capacidades, nossos dons, nossos bens, nossa família – mente, vontade, emoções. Nada está excluída, não podemos reter nada. Por princípio Ele deve dominar sobre nós no todo e em parte. Este versículo nos recorda os sacrifícios do Antigo Testamento, aqueles que o israelita apresentava totalmente a Deus. Ele não podia ficar com nenhuma parte, tudo era consumido no altar. Nossa submissão deve ser exatamente assim – sujeição, entrega total. É uma rendição incondicional.
Eu estou reconhecendo cada vez mais que esta sujeição é uma ação nossa definida e consciente, em obediência à Palavra de Deus. Na verdade isto deveria acontecer na hora da nossa conversão, quando nos arrependemos e recebemos a Cristo não somente como Salvador, mas como Senhor. Mas para muitas pessoas a sujeição só vem num momento de crise, depois da conversão.
No começo talvez não compreendamos inteiramente o que significa seguir a Cristo como Senhor. Mas mais tarde começamos a ver que o chamado de Jesus Cristo não é simplesmente para crer nEle, mas para segui-Lo sem reservas, como Seus discípulos. Quando estamos confusos quanto ao senhorio de Cristo, devemos partir imediatamente à ação. Nossa intenção deve ser de submissão completa e definitiva, em princípio, mesmo se o Espírito Santo, nos meses seguintes, nos mostrar outras áreas em nossa vida que devem ser entregues. Na verdade esta é uma das provas de que nos submetemos – colocando-nos à disposição de Deus, Ele nos dirige a novas áreas que devem Ser entregues.
O Espírito Santo vai nos testar muitas vezes, para ver se estamos mesmo falando sério. Ele pode até nos pedir que entreguemos algo em princípio, que realmente Ele não quer que entreguemos, mas que estejamos dispostos a entregar. Nós devemos Lhe dar liberdade para fazer o que quiser em e através de nossa vida.
Algumas ilustrações nos ajudarão a compreender melhor esta questão de entrega à vontade de Deus. Em Romanos 6 (como vimos acima), Paulo usa a ilustração de um escravo que agora pertence a um novo dono. O prof. William Barclay nos traz á mente o significado real da analogia de Paulo:
"Quando nós ouvimos a palavra servo, ou empregado, logo imaginamos um homem que dá uma parte do seu tempo a um empregador, contra uma remuneração combinada. Durante este tempo ele está à disposição e sob as ordens do seu empregador. Passado o tempo, ele pode fazer o que quiser. No tempo de Paulo, um "servo" tinha um status bem diferente. Ele não tinha, literalmente, nenhum tempo para si. Ele não era livre por nenhum momento. Cada minuto de sua vida pertencia ao seu dono. Ele era propriedade exclusiva de seu dono, não tinha nenhuma oportunidade em toda sua vida para fazer o que quisesse, No tempo de Paulo um escravo nunca poderia fazer o que quisesse; era-lhe impossível servir a dois senhores, porque era propriedade exclusiva de um só. Este é o quadro que Paulo tem em meme."1
O paralelo entre o escravo do tempo de Paulo e o cristão não é bem exato, como o próprio Paulo diz, porque em um sentido o cristão é a pessoa mais livre do mundo, desde que conheça a liberdade espiritual que Cristo traz. Por outro lado, você e eu somos convocados para pertencer a Deus e a Seu povo. Somos chamados para estar à Sua disposição, prontos e dispostos para fazer Sua vontade. Paulo disse a Tito que Cristo "deu a si mesmo por nós, para nos livrar de toda maldade e fazer de nós um povo puro, que pertence somente a ele, e que Se dedica a fazer o bem" (Tito 2:14, BLH).

Uma outra ilustração talvez nos ajude a compreender completamente o que estou querendo dizer. O princípio da entrega a Cristo é como o compromisso que noivo e noiva assumem quando se unem no casamento. É criada uma situação nova, que se torna realidade duradoura. Em princípio é uma ação completa e definitiva, a partir do momento em que repetiram os votos e consumaram o casamento. Estão casados, de fato e em princípio, mas – e isto é crucial – na prática marido e esposa descobrem que têm de entregar constantemente suas vidas um ao outro, além do compromisso inicial que assumiram ao casar.
Duas pessoas não deixam de estar casadas só porque suas vidas não são perfeitas e aparecem problemas no dia-a-dia. Ambos vão ficando mais maduros, aprendendo sempre mais o que significa amar e ajustar-se um ao outro, em conseqüência deste amor. De maneira semelhante, em nossa peregrinação terrestre descobrimos pecados que minam o nosso relacionamento com Deus, mas existe um compromisso de alcançar um padrão mais elevado, baseado em uma entrega a Deus de todo o coração.
Você já submeteu Sua vida a Deus? Já confessou alguma vez seu pecado a Ele, arrependendo-se dele da melhor maneira que você sabe? Você está ciente de pecados específicos que são obstáculo para uma entrega completa? Será que em Sua vida há outros pecados que você ainda nem admitiu que o sejam? E, mais importante que tudo, você já disse uma vez a Deus – da maneira mais simples e completa que você sabe – que você deseja Sua vontade para sua vida, qualquer que seja?
Existem pessoas que sugerem que nós devemos orar a Deus para que Ele nos encha com Seu Santo Espírito. Isto pode ser válido, mas eu vejo pouco ou nada disto no Novo Testamento. Eu acho que, ao invés disto, nós devemos orar que Deus tome total e completamente conta da nossa vida. Devemos orar que o "eu" seja tirado do nosso coração – amor próprio, vontade própria, auto-ambição – e que nós estejamos completamente à Sua disposição.
Se você nunca deu este passo de submissão a Deus e à Sua vontade, eu acho indispensável que você se ponha de joelhos antes de passar para a próxima página, e entregue sem reservas sua vida a seu Senhor e Dono. "Sê, pois, zeloso (abandona a tua indiferença, NTV), e arrepende-te." Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo" (Apoc. 3:19, 20).

Chegamos agora à última etapa do ficar cheio do Espírito Santo, que eu gosto de chamar "andar pela fé". Primeiro temos de compreender certas coisas, depois temos de nos submeter e entregar a Deus – e então temos de aprender o segredo de andar pela fé.
O ponto central é este: quando estamos entregues a Deus e à Sua vontade, nós estamos cheias do Espírito Santo. O Espírito Santo nos controla e domina. Agora, a partir desta verdade, temos de agir, e andar ou viver na certeza plena de que Deus já nos encheu e que estarmos sob Seu controle.
O apóstolo Paulo põe isto nestes termos: "Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus" (Rom. 6:11). O termo grego traduzido por "considerar" era às vezes usado no comércio e na matemática. Depois de uma transação comercial, por exemplo, a soma em dinheiro era registrada nos livros contábeis. Este ato era evidência de que o negócio estava concluído e que o pagamento havia sido feito. Quando nós nos entregamos a Cristo e O seguimos como Senhor de nossa vida, nós sabemos que alguma coisa aconteceu. O Espírito Santo tomou conta de nós para nos guiar e dar poder. Vivemos agora pela fé, considerando-nos mortos para o pecado e vivos para Deus. Nós estamos cheios do Espírito Santo; agora devemos viver à luz desta verdade. Não é fazer de conta; é agir com base na promessa de Deus.
O Dr. John Stott explica isto assim: "Considerar não é fazer crer. Não é forçar nossa fé a crer em algo que nós não cremos. Não devemos fazer de conta que nossa velha natureza está morta, quando sabemos perfeitamente que ela não está. ... Nós só devemos "considerá-la" assim – não fazer de conta, mas compreender isto, porque é um fato. Temos de nos agarrar a isto. Temos de pensar e meditar nisto até que esta realidade se fixe em nossa mente."
Dr. Stott continua: "Uma mulher casada pode viver como se ainda fosse menina? Bem, pode ser que sim. Não é impossível. Mas deixe-a sentir aquele anel no quarto dedo de sua mão esquerda, o símbolo da sua vida nova, o símbolo da sua identificação com seu marido, deixe-a lembrar o que ela é, e viver de acordo... Da mesma forma a nossa mente deve compreender o fato e o significado da nossa morte e ressurreição com Cristo, e que uma volta à vida antiga é impensável. Um cristão renascido deve ter tanta vontade de voltar à vida amiga quanto uma pessoa adulta tem de voltar à infância, um homem casado à vida de solteiro ou um prisioneiro libertado à sua cela na prisão."2
Se você preencheu os requisitos bíblicos para ficar cheio do Espírito – especialmente arrependimento e confissão, de que nós falamos – então você pode dizer para si mesmo: "Pela fé eu sei que eu estou cheio do Espírito Santo." Eu nunca vi alguém que eu considerava cheio do Espírito Santo fazer alarde disto, tentando chamar a atenção para si. As outras pessoas logo notarão se nós estamos cheios do Espírito, porque quem está cheio do Espírito produz o fruto do Espírito. Nós talvez nem nos demos conta disto. Alguns dos maiores homens de Deus confidenciaram que quanta mais perto de Cristo estavam, mais pecadores se sentiam.
Roy Gustafson, meu amigo e sócio, disse uma vez: "O Espírito Santo não veio para nos fazer conscientes do Espírito Santo, mas conscientes de Cristo." Assim, quando dizemos a nós mesmos que estarmos cheios do Espírito, isto significa que coda pecado e obstáculo conhecido está fora do caminho; depois podemos dizer, pela fé, que estarmos cheios.
A esta altura há diversas coisas que devemos relembrar, a meu ver.
Em primeiro lugar temos de nos lembrar que a plenitude do Espírito não é questão de sentimento, mas de fé. Podemos ou não sentir fortemente a presença de Deus quando estamos cheios do Espírito. Não devemos confiar em nossos sentidos, mas nas promessas de Deus. Temos de nos considerar cheios do Seu Espírito.
James McConkey põe isto nestes termos: "Nada é mais doloroso do que inspecionar constantemente nosso interior para verificar se Deus está cumprindo Sua promessa, ou se nós a estamos experimentando. É como aquela criança que todo dia cava no canteiro para ver se a semente já está brotando. A questão de experimentar a plenitude do Espírito compete a Deus."3
Temos de nos lembrar também que a plenitude do Espírito não garante que sejamos perfeitos e sem pecado. Significa que estarmos sendo controlados pelo Espírito, mas o pecado continua sendo real, espiando atrás da esquina para dar o bote na primeira oportunidade. Podemos ser irrepreensíveis em nosso desejo de servir a Cristo, mas isto não faz com que não erremos.
Um pregador escocês, tempos atrás, explicou isto assim: "Aqui ao meu lado, sobre a mesa, está uma carta que ilustrara o que quero dizer. Eu a recebi quando estava em viagem missionária à Nova Zelândia, em 1891, da minha filha mais velha, que então tinha cinco anos de idade. Diz assim: 'Querido pai, eu mesma escrevi tudo isto. Elsinha manda um beijo'. Na verdade isto não é escrever, mas uma tentativa, com grandes letras de imprensa, todas desproporcionais; em toda a página não há uma linha reta. ... Bem, esta carta que eu gosto tanto não é algo "sem defeito"; tem tantos defeitos como tem letras. Mas ela é, sem dúvida, 'irrepreensível'. Eu não repreendi minha filha por seus riscos tortos, nem ralhei com ela, porque julguei seu trabalho pelos motivos. Sabia que ela tinha feito o melhor que podia, com todo o amor de seu pequeno coração. Queria fazer algo que me agradasse, e conseguiu. Pela graça do Cristo que esta em nós ... assim é que nossa vida diária com seus afazeres deve ser: irrepreensivel."4
Isto nos leva á última verdade sobre a plenitude do Espirito: ficar cheio do Espírito não deve ser um acontecimento único, uma vez, mas um fato real e contínuo, cada dia da nossa vida. É um processo. Temos de nos entregar a Ele todo dia, diariamente temos de decidir ficar submissos. Em cada situação de conflito entre o "eu" e a vontade de Deus temos de tomar nossas decisões com base na nossa submissão contínua a Cristo.
Como já disse, o verbo grego que Paulo usa em seu mandamento de Efésios 5:18 - "enchei-vos do Espírito" – traz em si a idéia de que devemos continuar nos enchendo do Espírito. Já somos o templo de Deus, o Espírito Santo já habita em nós, mas Ele quer nos encher dEle. Isto só é possível naqueles que se esvaziam do "eu" e se entregam a Ele. Esta é a razão de a entrega ter de ser diária, tanto das coisas pequenas como das mais importantes. Quando pecamos, temos de nos arrepender para que Ele possa nos encher novamente. Quando estivermos expostos ocasionalmente a uma pressão incomum, temos de orar pedindo sua ajuda adicional.
Concluindo, as quatro etapas abordadas até aqui não são só o começo, mas são um processo. Cada dia devemos nos empenhar para compreender mais da Palavra de Deus. Devemos orar a Deus que nos ajude a reconhecer nosso pecado. Devermos confessar e nos arrepender todo dia. Submeter nossa vontade à Sua todo dia. Andar pela fé de uma maneira que Ele esteja nos enchendo continuamente, à medida que nos submetemos a Ele. E devemos passar cada dia na obediência à Sua Palavra.
Eu pessoalmente acho que ajuda muito começar cada dia entregando-o silenciosamente nas mãos de Deus. Eu Lhe agradeço que sou Seu, e por Ele saber o que o dia trará para mim. Eu Lhe peço que tome minha vida neste dia nas Suas mãos e a use para Sua glória. Peço-Lhe que me limpe de qualquer coisa que impeça a Sua atuação em mim neste dia. E depois inicio as atividades do dia pela fé, sabendo que Seu Santo Espírito me está enchendo continuamente, enquanto eu confiar nEle e obedecer à Sua Palavra. Durante o dia às vezes eu não estou consciente da Sua presença; outras vezes estou. Mas no fim do dia eu posso olhar para trás e Lhe agradecer, porque vejo Sua mão atuando. Ele prometera estar comigo neste dá – e esteve!
Você pode experimentar a mesma coisa, submetendo-se diariamente ao senhorio de Jesus Cristo. Entreguem cada dia a Ele! E que você possa no fim de cada dia olhar para trás e reconhecer que Seu Santo Espírito tem sido seu guia e Sua força, estando você sujeito a Ele
Fonte:  O  ESPÍRITO  SANTO - Billy Graham.
Título do original: The Holy Spirit


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"Quando DEUS trabalha O HOMEM muda!" 
Prof. Abdias Barreto. 
Contatos: (85).8857-5757. 
profabdias@gmail.com

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O CRACK ESCRAVIZA E MATA AS PESSOAS.

A SUA VIDA NÃO FOI FEITA PRA SER VIVIDA SE  NÃO PARA CRISTO.
Nos dias de hoje encontramos situações constrangedoras como drogas, pai matando filho, pai abusando sexualmente da filha, mãe matando filha e por ai vai. Vivemos em mundo de destruição, onde já aprendemos que o mundo jaz do maligno, e o que podemos fazer para melhorar isso? Nós não podemos mudar o mundo inteiro, mas podemos mudar a vida de uma pessoa. Talvez você esteja ai parado, olhando para esse texto, concordando comigo, mas também não sabe o que fazer, você tem até o mesmo desejo que eu, mas fica desesperado quando se depara com situações como essas citadas acima.
Qual é o efeito do Crack
Quantas histórias você já ouviu de pessoas que largaram tudo, família, o amor da sua vida e até mesmo filhos por causa de uma pedra de crack? Alguns estudiosos dizem que essa é uma das piores drogas. O crack leva 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar. Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegará inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda. Estudiosos como o farmacologista Dr. F. Varella de Carvalho asseguram que "todo usuário de crack é um candidato à morte", porque ele pode provocar lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.
Tome sua Cruz e siga Jesus
Jesus só pede para que você tome a sua cruz e siga-o. Só que para você seguir a Cristo, algumas mudanças terão que ser tomadas, e esse é o grande problema, largar tudo e seguir a JESUS. As vezes para você parece algo muito pesado, só que pense comigo, JESUS morreu na cruz por você meu querido, ELE foi pregado em uma cruz, ELE passou vergonha por você, naquela época somente os mais perversos criminosos eram pendurados no madeiro, lá era lugar de desprezo e de assassinos. Seria difícil você MUDAR por alguém que MUDOU por você? Depende de onde está o seu coração. 
Qual é a recompensa de seguir a Cristo?
-Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que recompensa terá?
Nesse momento Pedro estava pensando em coisas terrenas, às vezes nós esquecemos o porquê viemos para terra, o que estamos fazendo aqui e qual seria a nossa missão, você tem que saber que o nosso corpo está na terra, mas a nossa cabeça e o nosso coração tem que estar no CÉU, logo após Jesus diz:
- E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. Porém, muitos primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros.
Chegamos então a conclusão que pessoas conseguem sim largar tudo por aquilo que elas amam, pessoas que ficam 10 ou 12 anos sem ver a família por causa de uma nota de dólar, eles não podem voltar para o Brasil se não eles não entram de novo e a família não pode ir para a América por que não conseguem o visto, ou seja, pessoas conseguem sim largar tudo por aquilo que amam, a diferença é onde está o seu coração. E eu concluo com uma última pergunta, que eu gostaria que você meditasse sozinho em sua casa, pergunte isso para você mesmo: Onde está o meu coração? Será que ele está nas coisas de Deus ou nas coisas terrenas? O que você veio fazer aqui? Qual a sua missão na terra?
Eu posso te confirmar algo, a sua vida não vale a pena ser vivida se não for para Deus.

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"Quando DEUS trabalha O HOMEM muda!" 
Prof. Abdias Barreto. 
Contatos: (85).8857-5757.
profabdias@gmail.com
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