segunda-feira, 1 de julho de 2013

PAULO E A IGREJA EM FILIPOS - Lição 1. 3º Trimestre - 2013.

LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2013 - Para jovens e adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como exemplos para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Subsídios, Complementos, ilustrações, e Orientação didáticas para as Aulas.

LIÇÃO 1 - PAULO E A IGREJA EM FILIPOS. (Fp 1.1-11) 
OBJETIVO PRINCIPAL (Formativo)
-Entender o contexto histórico da Epístola aos Filipenses e analisar a praticidade da Carta para os dias atuais. 

INTRODUÇÃO
-Dentre as 13 Cartas Paulinas do Novo Testamento, 7 delas foram escritas na prisão, a saber, Filipenses, Efésios, Colossenses, Filemom, 1 e 2 Timóteo e Tito, embora seja quase certo de que nem todas as sete foram escritas da mesma cidade, e no mesmo período de aprisionamento, elas são conhecidas como “Cartas da Prisão”. A Epístola aos Filipenses nos leva a refletir sobre a alegria cristã mesmo diante das dificuldades, e a compreendermos o nosso papel como cidadãos dos Céus em um mundo hostil, manchado pelo pecado.

I. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
1.A cidade de Filipos. 
-De acordo com os estudiosos, a cidade de Filipos remonta ao século IV aC. Ela era uma cidade pequena situada na região europeia, precisamente na região norte da Macedônia (atual Grécia). Ficava perto do Gangites, um riacho de águas turbulentas, cerca de 16 Km distante do mar. Isso posto, apesar de não ser um porto marítimo, visto que ficava relativamente perto do mar, lemos acerca de Paulo e seus companheiros, que “navegamos de Filipos” (At 20:6). Essa cidade ficava localizada em uma planície fértil, não muito longe das minas de ouro. Na época de Felipe II, essas minas que ficavam nas montanhas, mais ao norte, começaram a florescer as moedas de ouro que foram cunhadas em nome de Felipe, tornando-se facilmente reconhecidas como válidas nas áreas circundantes da Macedônia. Além disso por dentro dela passava a principal estrada romana conhecida como Via Inácia, que ligava a Europa à Ásia. Esses fatores emprestavam grande importância estratégica à cidade. Esta cidade foi fundada por Felipe da Macedônia, o Pai de Alexandre, o Grande. Foi de Filipos que Alexandre o Grande saiu para conquistar o Mundo. A cidade ficou famosa pela batalha romana em 42 aC, travada em suas proximidades entre as forças de Bruto e Cássio contra Antonio e Otávio (mais à frente chamado de Augustus César Otávio), vingando a morte de Júlio César. Filipos, através do Imperador Otávio, tornou-se uma colônia romana como se vê nas moedas cunhadas em sua época - “Colonia Julis Augusta Philippensis”. A cidade tornou-se um posto militar com certos privilégios especiais, fazendo com que um número regular de cidadãos romanos emigrassem para Filipos a fim de assegurar a sua romanização. Era reputado como grande honra para uma cidade, haver sido constituída colônia romana.
2. O Evangelho chega a Filipos.
-A igreja cristã de Filipos teve sua origem com os próprios esforços do apóstolo Paulo, o grande Missionário dos gentios durante a sua chamada segunda viagem missionária, conforme o registro histórico de At 16:12-40. Tendo ouvido o chamado sobrenatural “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16:9), Paulo alterou os seus planos tencionados de continuar labutando na Ásia Menor, e foi assim que nasceu a missão evangelística europeia do século I dC e a igreja cristã no continente europeu. A segunda viagem missionária tem sido datada entre 48 e 51. Alguns membros da igreja são mencionados em Atos e também nessa Carta: Lídia e o carcereiro com sua família (At 16); Epafrodito (Fp 2.25ss); Evódia e Síntique (Fp 4.2); Clemente (Fp 4.3). Os nomes mostram que essa era uma igreja de cristãos-gentios, o que está em conformidade com o fato de que Filipos era uma colônia romana.
3.Data e Local da Autoria.
-A data dessa Epístola aos Filipenses depende do lugar onde Paulo a redigiu. Sabemos através do seu teor, que o apóstolo Paulo era um prisioneiro quando a escreveu (Fp 1:7-12). Nas narrativas bíblicas sabe-se que Paulo sofreu aprisionamento em Jerusalém, em Cesaréia, em Roma, e, na opinião de alguns estudiosos, também em Éfeso. As cidades de Roma, Cesaréia (At 24) e Éfeso ( 1Co 15.32), têm sido sugeridas como lugares de onde Paulo escreveu esta Epístola, mas se analisarmos os detalhes da Carta, descobriremos que ela foi redigida em Roma. Primeiro, porque o apóstolo menciona a Guarda Pretoriana (Fp 1.13), que eram cerca de 9.000 soldados da elite do exército romano, e localizava-se em Roma. Segundo, porque Paulo menciona “os da Casa de César” (Fp 4.22), que seriam pessoas ligadas ao palácio do imperador, ou até mesmo cidadãos residentes em Roma. E por fim, em Fp 1.20 Paulo fala da expectativa do julgamento, tendo a sua vida em Jogo, sendo este julgamento perante o César e, portanto, em Roma. Sendo assim, a data provável da Carta seja entre 62-67 dC.

II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
1. Paulo e Timóteo.
- A Carta recebe a autoridade de dois grandes marcos da origem daquela igreja, pois Paulo e Timóteo estavam juntos quando a visitaram pela primeira vez em At 16, isso ocorreu em cerca de 52 dC, ou seja, após 10 anos ainda continuavam sendo exemplos de liderança e autoridade, sendo respeitados por todos aqueles irmãos da cidade. Paulo se sente à vontade para falar a essa igreja, e alguns estudiosos, como Scroggie, por exemplo, chegam a dizer que esta é uma Carta de um amigo aos amigos.
2. Os destinatários da Carta: “todos os santos”.
- É comum lermos nas Cartas paulinas o termo “santos”. Do gr Hagios, lit. “separado”, “consagrado a Deus”. Essa atitude de Paulo nos leva a refletir sobre a nossa natureza em Cristo. Pois a salvação nos leva a receber uma lavagem completa da nossa velha natureza a ponto de recebemos uma natureza melhor e maior, que somente Cristo pode nos dar. Isso implica no caráter da separação das coisas profanas e mundanas, mas não implica necessariamente em alienação. Nós estamos no mundo mão não somos dele. Em sermos santos não temos pecado, em sermos santos fomos justificados, e em sermos santos fomos consagrados.
3. Alguns destinatários distintos: “Bispos e Diáconos”.
- Dentre as pessoas a quem a Carta é endereçada, o apóstolo Paulo menciona de modo especial os “Bispos e Diáconos”. Paulo e seu colegiado de obreiros sempre gostavam de estimular a liderança nas igrejas por eles plantadas. O termo “Bispo” - do Gr s - Epis+kopos, que dá uma ideia de aquele que tem a visão acima dos demais. Esse mesmo termo é aplicado aos anciãos da igreja em Éfeso (At 20.28), a fim de expressar a responsabilidade deles como pastores espirituais. Já a expressão “Diáconos”, vem do Gr s, que são aqueles que desempenham qualquer serviço na igreja. Em 1Tm 3.8-13 os diáconos são melhor formalizados pelo apóstolo.

III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
1. Razões pelas ações de Graça.
- As razões do apóstolo Paulo são colocadas em oração diante de Deus como testemunha das boas ações que a igreja de Filipos fez por Paulo. Dentre outras, ele cita a cooperação da igreja e a compaixão da mesma para com ele desde o primeiro dia até à prisão de Paulo (Fp 1.4). Isso motivava o apóstolo a se alegrar mesmo num momento de solidão. Isso o fazia ver o fruto do seu penoso trabalho e se alegrar em ver que valeu a pena ter pregado àquela cidade.
2. Uma oração de Gratidão (vv 3-8).
- Paulo nesse trecho usa termos como algemas, defesa, confirmação, que são termos oriundos e empregados nos tribunais daquela época. Paulo é grato a Deus e àquela igreja porque eles participaram de forma ousada no seu testemunho perante Roma, provendo-lhe recursos financeiros (Fp 4.15-18). Isso nos ensina que devemos exercitar o amor pelos nossos líderes, e teremos deles o amor correspondido, não por interesse, mas por graça e misericórdia. Não há nada melhor que uma igreja dinamizada pelo amor.
3. Uma oração pela Petição (vv 9-11).
- Paulo encerra sua primeira perícope (tipo parágrafos) da Carta fazendo vários pedidos a Deus pelos irmãos de Filipos.
- Essa oração nos faz lembrar da importância da preocupação da liderança em relação ao seu rebanho, para que eles cresçam, amadureçam e desenvolvam uma cristandade que se apegue às coisas excelentes e em justiça. Um pastor que ora pelo rebanho terá ovelhas como a igreja de Filipos.

CONCLUSÃO: -Mesmo na pior das situações, já na ânsia da morte, o apóstolo Paulo se sente feliz em ver que a igreja de Filipos entendeu o que vem a ser o amor ao próximo, e que melhor coisa é dar do que receber. Não é à toa que essa Carta é chamada de Carta da alegria.
Autor - Samuel Cardoso

Prof-Abdias Barreto — em Fortaleza Ceará
Cel: (85).8857-5757. 
E-mail: abdiasbarreto@gmail.com
Quando DEUS trabalha O HOMEM muda! 

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