sábado, 5 de novembro de 2011

A TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO DAS ESCRITURAS SAGRADAS

      A edição de 1º de outubro de 1997 d’A SENTINELA (pgs 15 a 20) traz um artigo com o título “Defendamos Lealmente a Palavra Inspirada de Deus”  São as Testemunhas de Jeová realmente leais à Bíblia?

De certo modo quase todos os grupos religiosos conhecidos como pseudocrístão realçam sua crença na infalibilidade da Bíblia e a têm como a Palavra de Deus. Em quase toda a literatura publicada por esses grupos religiosos se lê, frequentemente, a declaração de fé na inerancia da Bíblia. Isso é elogiável.

Dada a sua aceitação universal como a Palavra inspirada de Deus (2ªTm 3.16,17) a Bíblia já está traduzida em 2.167 línguas e dialetos, publicações essas inteiras ou parciais. Esse número respeitável de traduções só visa a colocar a Bíblia ao alcance do maior número de pessoas possíveis.

Ter uma Bíblia e estudá-la é algo positivo. Em Ap 1.3 lemos : “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as cousas nela escritas , pois o tempo está próximo”  Mas quem dá a interpretação correta da Bíblia para aqueles que a leem frequentemente? Quase sempre os adeptos de determinados grupos pseudocrístão alegam a impossibilidade de a pessoa, por si mesma, examinar a Bíblia e dela tirar o conhecimento da vida eterna (Jo 5.39; 2ªTm 3.15) Alguns se valem da pergunta de Felipe ao eunuco de Candace, rainha dos etíopes , na estrada de Gaza, que fazia a leitura da Bíblia, no livro do profeta Isaías: “Compreendes o que vens lendo?” (Atos 8.27-30). E assim reclamam para a liderança de seu respectivo grupo , a capacidade única de interpretar a Bíblia.

As Testemunhas de Jeová, nos parece ser o grupo religioso mais perigoso no uso da Bíblia, por que foram mais longe do que os demais grupos no trato com a Bíblia. Enquanto outros grupos se restringem à interpretação da Bíblia pelos seus líderes e fundadores, as Testemunhas de Jeová se deram ao trabalho de produzir sua própria Bíblia, trazendo para elas sua interpretação particular, alterando determinadas expressões e palavras para justificar suas doutrinas peculiares. É sua versão conhecida como a TRADUÇÃO DONOVO MUNDO DAS SAGRADAS ESCRITURAS.

Tecem elogios rasgados à sua TNM.  Acerca dos tradutores da Tradução Do Novo Mundo, assim se exprimem: “Os tradutores desta obra, que temem e amam o Autor divino das Escrituras Sagradas, sentem de modo especial à responsabilidade para com Ele, no sentido de transmitir Seus pensamentos e Suas declarações do modo mais exato possível. Sentem também a responsabilidade para com os leitores pesquisadores que dependem duma tradução da Palavra inspirada do Deus Altíssimo para a sua salvação eterna. Foi com tal senso de responsabilidade solene que esta comissão de homens dedicados, no decurso de muitos anos, produziu a Tradução Novo Mundo das Escrituras Sagradas. O objetivo da comissão foi ter uma tradução clara e compreensível da Bíblia, que se apegasse de perto ao hebraico e grego original, para fornecer assim uma base para o contínuo aumento do conhecimento exato do texto sagrado.” (A Sentinela, 1/10/97, pg. 16/3)

Que se poderia esperar depois dessa declaração de honestidade absoluta da tradução do Novo Mundo? Qualquer suspeita não teria cabimento. Era o que se poderia esperar, mas não é o que ocorreu. Citam com muita habilidade o texto de 2ªCo 4.2 “Temos renunciado às coisas dissimuladas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus.” Renunciaram realmente as Testemunhas de Jeová às coisas dissimuladas e não andam com astúcia, nem adulteram a Palavra de Deus?  Analisemos algumas OBSERVAÇÕES, AVALIAÇÕES E CRÍTICAS À TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO POR NOTÁVEIS ERUDITOS DO GREGO DO NOVO TESTAMENTO:
Obs: Estes comentários são dirigidos particularmente à tradução de João 1.1 na TNM, mas servem de indicação o tom de suas observações quanto à tradução da TNM em geral.
“No princípio era a Palavra, e Palavra estava com o deus, e a Palavra era [um] deus.”
DR. J. R. MANTEY. ( que é citado nas páginas 1158, 1159 da Tradução Interlinear do Reino da Sociedade Torre de Vigia):  “Uma má tradução chocante, obsoleta e incorreta.” “Não é nem erudito nem razoável traduzir João 1.1, “A Palavra era [um] deus.”
DR. BRUCE M. METZGER, da Universidade de Princeton (Professor de Língua e Literatura do Novo Testamento) “Uma tradução horripilante...” “errônea”, “perniciosa”, “repreensível”. Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas.”
DR. SAMUEL J. MIKOLASKI, de Zurique, Suíça: “Esta construção anartra (usada sem o artigo) não significa o que o artigo indefinido “a” significa em inglês [e o artigo indefinido “um” em português]. Traduzir a frase ‘a Palavra era [um] deus’ é “monstruoso”.
DR. PAUL L. KAUFFMAN, De Portland, Oregan. “[os tradutores das] Testemunhas de Jeová evidenciam uma ignorância abismal dos princípios básicos da gramática do grego na sua tradução errônea de João 1.1”
DR. CHARLES L. FEINBERG, De La Miranda, California: “Posso lhe assegurar que a versão que as Testemunhas de Jeová dão para João 1.1 não é sustentada por nenhum erudito em grego de boa reputação.”
DR. JAMES L. BOYER. De Winona Lake, Indiana: “Nunca ouvi falar, nem li, sobre algum erudito em grego que concordasse com a interpretação desse versículo [João 1.1] conforme insistida pelas Testemunhas de Jeová, Nunca encontrei um deles (membro da Sociedade Torre de Vigia) que tivesse qualquer conhecimento da língua grega”
DR. WILLIAM BARCLAY. Da Universidade de Glasgow, Escócia: “A distorção deliberada da verdade por essa seita é vista nas suas traduções do Novo Testamento. João 1.1 é traduzido: ‘a Palavra era [um] deus’. Uma tradução que é gramaticalmente impossível. É absolutamente claro que uma seita que pode traduzir o Novo Testamento assim é intelectualmente desonesta.
DR. F.F. BRUCE. Da Universidade de Manchester, Inglaterra: “Os gramáticos amadores arianos fazem muito alarde da omissão do artigo definido com ‘Deus’ nas oração ‘e a Palavra era [um] deus’. Esse tipo de omissão é comum com nomes numa construção predicativa... ‘[um] deus’ seria totalmente indefensável.”  (O falecido Dr. Barcley e o Dr. Bruce são geralmente considerados os principais eruditos em grego da Inglaterra. Ambos publicam traduções do Novo Testamento.)
DR. ERNEST C. COLWELL. Da Universidade de Chicago: “Um nominativo definido no predicado tem o artigo quando segue o verbo; não tem o artigo quando precede o verbo... essa declaração não pode ser considerada estranha no prólogo do evangelho que alcança seu clímax na confissão de Tomé: ‘Senhor meu e Deus meu!’- João 2.28.”
DR. PHILIP B. HARNER. Da Faculdade de Heidelberg: “O verbo precedendo um predicativo anartro provavelmente implica que o LOGOS era ‘[um] deus’ ou um ser divino de algum modo, pertencendo à categoria geral de THEOS, mas ainda um ser distinto de HO THEOS. Na forma que João realmente usa, a palavra THEOS é colocada no princípio para ênfase (assim excluindo a tradução ‘[um] deus’)”.
DR. B. F. WESTCOTT.  (cujo texto do Novo Testamento Grego – mas não a parte em inglês – usada na Tradução Interlinear do Reino): “O predicado (Deus) encontra-se na posição inicial enfaticamente como em João 4.24. É necessariamente sem o artigo... Nenhuma idéia de inferioridade de natureza é sugerida por essa forma de expressão, que simplesmente afirma a verdadeira natureza da Palavra... Na terceira cláusula declara-se que “E o Verbo era Deus” e assim incluída na unidade da Deidade.”
DR. J. JOHNSON. Da Universidade do Estado de Califórnia, em Long Beach: “Não há justificativa para traduzir THEOS EN HO LOGOS como ‘a Palavra era [um] deus’. Não há paralelo sintático com At 28.6, onde há uma declaração em discurso indireto... e eu não sou nem cristão, nem trinitariano.”
DR. J. J. GRIEBASCH.  (cujo texto do Novo Testamento Grego – mas não a parte em inglês – é usado na publicação da Sociedade Torre de Vigia, The Emphatic Diaglott): “Tão numerosos e claros são os argumentos e testemunhos das Escrituras em favor da verdadeira Deidade de Cristo, que dificilmente posso imaginar como, sob a admissão da autoridade Divina da escritura, e com referência às regras imparciais de interpretação, essa doutrina pode ser colocada em dúvida por algum homem. Especialmente a passagem de João 1.1-3 é tão clara e tão superior a toda objeção, que por nenhum esforço usado quer de comentaristas ou de críticos pode ser arrancada das mãos dos defensores da verdade.”
CONCLUSÃO
Teriam realmente feito a sua TNM bem conscientes de que estavam traduzindo a Palavra de Deus, ou a sua negação da doutrina da Trindade teria influenciado na obra dos tradutores e dos “eruditos” da sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, que tiram o seu ganha-pão mercadejando a Palavra de Deus de porta em porta, na venda contínua de suas publicações, que Paulo identifica como “vendedores ambulantes da Palavra de Deus” (2ªCo 2.17); e falsificadores da Palavra de Deus, explorando as Testemunhas de Jeová, quando vão de porta, como se estivessem pregando realmente o Evangelho de Jesus (1ªCo 15.1-6) quando na verdade estão vendendo a literatura publicada pela Torre de Vigia, com o objetivo de lucros, (2ªPe 2.1-3) com suas páginas cheias de heresias, não respeitando nem mesmo a Bíblia, como o demonstra sua famigerada Tradução do Novo Mundo, onde permeiam as ideias do falso profeta fundador Charles Taze Russell.



Quando Deus trabalha o homem muda!!!
Prof. Abdias Barreto

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