LIÇÃO 9 At 20. 25-32.
Podemos sumariar o sentido da palavra IGREJA como: a Igreja é uma assembleia de cristãos reunidos para adoração; uma companhia de cristãos, ou daqueles que, esperando a eterna salvação em Jesus Cristo, observando seus ensinos e ritos realizam seus encontros religiosos, e gerenciam seus próprios negócios, de acordo com as regras prescritas pelo corpo, cuja finalidade é a boa ordem. A igreja pode ser vista nos seguintes aspectos:
Igreja Local – Aqueles que são unidos como um corpo local de crentes em qualquer cidade, vila, constituem uma Congregação (Rm 16.16).
Igreja Universal – O corpo inteiro de cristãos espalhados pela terra, no período de tempo que se inicia com o Pentecostes e vai até o Arrebatamento (Ef 1.22).
Igreja Militante – A totalidade dos cristãos genuínos, vivos na terra (1Tm 3.15).
Igreja na Glória – A assembleia de cristãos fiéis que já morreram e foram recebidos no Céu (1Ts 4.14-16; Hb 12.22). A palavra Eclesia no NT significa tanto a Igreja Universal como a Congregação Local de crentes regenerados pelo Espírito Santo de Deus, mediante arrependimento genuíno de pecados e fé salvadora em Cristo Jesus.
I.CONSTITUIÇÃO DA VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO
A Igreja verdadeira é uma produção divina constituída somente por salvos, ou seja, por todo aquele que ao ouvir a genuína pregação do Evangelho bíblico, é convencido a arrepender-se sinceramente, de uma vez por todas, de todos os seus pecados e a romper definitivamente com o mundo, e através da percepção espiritual de que está irremediavelmente perdido, colocar incondicionalmente toda a sua fé em Jesus Cristo e em sua obra vicária, perfeita e final, na cruz do Calvário, sendo isto a regeneração espiritual, que imediatamente o coloca, por uma obra soberana e sobrenatural do Espírito Santo, em uma união vital, única e eterna com Cristo e seu corpo místico e espiritual - a Igreja (1Co 12.12-13), a sua Noiva (2Co 11.2; Ef5.23-32; Ap 19.7-8), o Corpo do qual é a Cabeça (Ef 1.22; 4.15; Cl 1.18).
II. PERÍODO DA IGREJA NA TERRA
Jesus Cristo durante seu ministério terreno disse que edificaria a sua Igreja (Mt 16.18), de modo que, Ele próprio é a Pedra angular da edificação chamada Igreja, única e insubstituível. Seus apóstolos e profetas são o funcionamento (Ef2.20), e o Edifício ou Santuário Espiritual construído sobre esta Pedra é a Igreja, que começou de modo oficial no Dia de Pentecostes (At 2.1,21,38-47), e está aguardando a vinda de Cristo por ocasião do Arrebatamento (1Co 15.51-52; 1Ts 4.13-18).
Há algo sobre a natureza da Igreja que é lamentavelmente esquecido nos dias atuais: é que
tudo que Deus faz, Satanás tenta imitar, e muitas vezes, a imitação de Satanás, aos olhos
desavisados, parece mais autêntica do que aquilo que Deus criou originalmente. O próprio
desavisados, parece mais autêntica do que aquilo que Deus criou originalmente. O próprio
Cristo advertiu que Satanás faria isso a ponto de enganar, se fosse possível, os próprios
eleitos. Com a Igreja não é diferente, Satanás tem a sua Igreja na terra de modo tão parecido
com a igreja de Cristo, que facilmente alguém sem discernimento bíblico pode se deixar
enganar.
Nos dias atuais, e especialmente nas igrejas pretensamente “modernas”, como, também, o foi
ao longo da história da Igreja, tem aparecido pretensas autoridades com a suposta
competência para mudar o perfil da Igreja. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas: a autoridade
suprema da Igreja é Cristo (1Co 11.3; Ef 1.22; Cl 1.18), e que
quaisquer coisas que se relacionem com a Igreja, tais como: seu propósito, sua liderança,
seus dons, organização,
disciplina e adoração, devem ser, tudo igualmente designado através de sua soberania como
quaisquer coisas que se relacionem com a Igreja, tais como: seu propósito, sua liderança,
seus dons, organização,
disciplina e adoração, devem ser, tudo igualmente designado através de sua soberania como
se encontra nas Escrituras.
V. PROPÓSITOS DA IGREJA
Muitos hoje estão tentando definir o propósito da Igreja, como se ele já não estivesse
claramente definido na Bíblia.
1. Glorificar a Deus e buscar seu Reino e sua justiça em primeiro lugar, através do
cultivo de uma verdadeira espiritualidade e piedade, o que inclui: o temor do Senhor, amor
imorredouro e crescente para com Deus e desejo ardente de Deus, numa busca constante de
santidade e verdadeira intimidade com Ele (Ef 2.21-22).
2. Edificar-se a si mesma na fé santíssima das Escrituras (Ef 4.13-16), através do ensino
fiel, da toda suficiente e sempre relevante Palavra de Deus (2Tm 2.15; 3.16-17), de uma
comunhão dos santos que é ao mesmo tempo significativa, disciplinadora, restauradora,
amorosa e que se separam daqueles que comungam com o pecado e apostasia ou dos que
não se separam, dos que persistem no erro (2Ts 3.6,7,11), mantendo as ordenanças,
conforme as normas bíblicas: Batismo e Ceia do Senhor, somente para os que andam em
santa comunhão, na Igreja (Lc 22.19; At 2.38-42; 8.35-38; Rm 6.3-6; 1Co 11.23-33).
3. Avançar resoluta e destemidamente com o Santo Evangelho, com o intuito de
comunicá-lo em sua pureza e simplicidade a toda criatura, sem medir esforços ou
sacrifícios, tendo a consciência de que um crente que não ganha almas, possivelmente nem
crente seja, ou no mínimo, não tem os frutos visíveis quanto a sua felicidade em relação à real
missão do crente na terra. Em 2 Coríntios 9.6 é dada a razão porque muitas igrejas não
crescem e outras conseguem crescer – “E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará.”
4. Discipular cada crente para ser um obreiro ou ministro leigo com a consciência de
que cada crente foi salvo para servir; e um salvo que não serve, está a testemunhar que não é
salvo, pois o “fruto” é algo a ser esperado de uma árvore viva, senão está doente ou morta.
Portanto, a Grande comissão da igreja é de caráter prioritário e urgente urgentíssimo, e
consiste de incansável evangelismo pessoal dos perdidos e do discipulado eficiente dos
novos ou deficientes na fé, acompanhando-os até que eles sejam maduros e capazes de se
reproduzirem (Mt 28.19-20; 2Tm 2.2). O discipulado implica na responsabilidade mútua de
todos os crentes, uns para com os outros (Mt 18.5-14), inclui também a necessidade de
disciplinar os membros em pecado, de acordo com as normas da Escritura (Mt 18.15-22;
At 5.1-11; 1Co 5.1-13; 2Ts 3.6-15; 1Tm 1.19-20; Tt 1.10,16).
5. E por último, para garantir força, saúde e integridade da Igreja, é seu propósito inarredável,
não só a sua edificação, mas também, o zelo pra que ninguém destrua esta edificação; e
isto, implica em batalhar pela fé, uma vez por todas entregue aos santos, como coluna e
baluarte da verdade, ou seja, primeiramente viver de tal modo, que a própria vida do crente
seja a maior apologia e defesa de sua fé, e em segundo lugar, permanecer vigilante, para que
possa perceber e denunciar toda negação da fé bíblica, assim mantendo-se separado de
todo tipo de apostasia e de todas as formas de erro e mundanismo que gangrenam e tem
matado as igrejas infiéis (1 Tm 3.15; Jd 3-4).
VI. A IGREJA EM FIGURAS
Para ressaltar aspectos particulares da Igreja, Deus se utiliza na Bíblia de várias figuras
comparativas. Vejamos algumas delas:
1. O Corpo de Cristo. Ressalta a unidade da Igreja como organismo vivo. É a unidade na
diversidade: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (1Co
12.27).
2. Um Rebanho. Ressalta a unidade (um só rebanho) e a pluralidade (muitas ovelhas).
“Somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” (Sl 100.3). Destaca também a necessidade
que a ovelha tem do pastor: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sl 23.1); “...então,
haverá um rebanho e um pastor” (Jo 10.16).
3. Uma Montanha. Ressalta a Igreja como povo firme e inabalável: “Os que confiam no
Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre” (Sl 125.1). Confira: Is
2.2-4; Dn 2.31-45.
4. Um Edifício ou Santuário. Ressalta a Igreja como um monumento ou um templo em
processo de construção, indicando solidez, propósito, utilidade e adoração: “Não sabeis que
sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3.16).
5. Uma Planta. Ressalta a Igreja como um organismo vivo, que recebe esta vitalidade pela
sua união com Cristo. Sugere que o poder vital para a produtividade é a seiva, que vinda das
raízes e do tronco, vitaliza todos os ramos: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor... Eu sou a videira; vós os ramos” (Jo 15.1,5).
6. Uma Família. Ressalta a Igreja como um lugar de amor e união, onde as pessoas estão
ligadas pelos laços da afetividade: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas
concidadãos dos santos, e sois família de Deus” (Ef 2.19).
CONCLUSÃO: Podemos dizer sobre a Igreja, além de tudo o que foi dito, que ela é:
01. A única Instituição que Jesus prometeu edificar e abençoar (Mt 16.18).
02. Lugar de reunião dos verdadeiros adoradores (Fp 3.3).
03. A assembleia mais preciosa sobre a terra, uma vez que Cristo a adquiriu com o seu próprio sangue (At 20.28).
04. A expressão terrena da realidade celestial (Mt 6.10).
05. A esfera da comunhão espiritual (Hb 10.22-25).
06. Quem proclama e protege a verdade divina (1Tm 3.15).
07. O lugar principal de edificação e crescimento espirituais (Ef 4.11-16).
08. A plataforma de lançamento para a evangelização do mundo (Mc 16.15).
09. O ambiente em que se desenvolve e amadurece uma liderança espiritual e forte (2Tm 2.2).
10. A Igreja por fim triunfará, tanto no âmbito universal como local (Mt 16.18).
Sendo assim, para todos nós, há motivos para amarmos a Igreja, honrá-la e ded icarmo-nos inteiramente a Ela.
Pb. Marcus Rogério.
Supervisor da Congrgação Mario Filho
E-mail: marcusrogériosilva@hotmail.com
Editado e Adptado
Abdias Barreto
Contatos:
(85)8857-5757
ab7.7@hotmail.com
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