Confrontando a Verdade
Texto: Ap.
11.1
Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara,
e foi-me dito: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele
adoram.
Introdução:
O
único padrão para medirmos a veracidade das coisas divinas continua sendo o
mesmo que o Senhor Deus entregou ao homem: a sua infalível Palavra, ou seja, as
Sagradas Escrituras. O que infelizmente é desprezada por grande parte dos
lideres religiosos do nosso país.
No mundo de hoje, com múltiplas seitas e múltiplas
propostas de verdade religiosas, mais do que nunca precisamos apoiar nossa fé
nos fundamentos da Palavra de Deus a Bíblia Sagrada de forma contumaz e
profícua pois os falsos profetas estão
em todos os locais procurando alguém que possa tragar. Caso contrário, seremos
arrastados por sutilezas de argumentos que, embora aparentemente racionais
lógicos e muitas vezes até convincentes porém, não condizem com as verdades da bíblicas Sagrada. “E digo isto para que
ninguém vos engane com palavras persuasivas” (Cl 2.4).
Nem todos param e ponderam o que escutam e por isso se
deixam convencer por afirmações ou razões falsas e de aparente erudição. Além
de racional, o homem é um ser emocional e social, portanto influenciável por
esses fatores que muitas vezes nos são mais bem apresentados do que a Bíblia
Sagrada a Palavra de Deus.. As pessoas buscam apoio para suas convicções em
fontes turvas e se apoiam em alicerces frágeis, envenenando seu espírito e enveredando
por caminhos que não pertencem ao Deus vivo simplesmente por não terem um
conhecimento suficiente para esclarecerem suas aparentes duvidas.
Dentre os elementos que as pessoas procuram (consciente
ou inconscientemente) basear suas crenças e tentar de todas as formas convencerem
seus ouvintes e adeptos, e também e fazer novos seguidores e futuros defensores
dessas mesmas ideias, podemos destacar alguns entre eles estão os que citaremos
comentaremos a seguir.
1- 1 - QUANTIDADE
No monte Carmelo eram
oitocentos e cinquenta profetas de Baal e do poste ídolo contra um único
profeta do Senhor, Elias (1Rs 18.19). Não precisamos dizer quem detinha a
verdade. Não importa o número de pessoas que creem em certa afirmação, esse
fato, no entanto, não torna tal afirmação verdadeira. A quantidade de
muçulmanos (cerca 1bilhão) que creem no Alcorão, e que Jesus Cristo não é Deus mas, simplesmente um
profeta torna o livro islâmico na verdadeira Palavra de Deus, e nem Jesus
Cristo um mero profeta ou um simples ser humano. Julgar uma crença ou um
ensinamento simplesmente pelo número de
adeptos ou frequentadores, é medi-la e julga-la com um padrão altamente
perigosa e extremamente falível. Se
Jesus Cristo assim pensasse, jamais teria morrido na cruz, pois no momento todos
unanimemente insultavam-no para que descesse da mesma, porem sua convicção
solitária o manteve lá ate que pudesse gritar com grande brado “ESTÁ CONSUMADO”
ninguém mais ali presente entedia as razoes que levaram o nosso solitário
Cristo a ser fiel e obediente até a morte e morte de cruz, os números nesse
caso são mentirosos.
Isso não quer dizer
também que algo se torna verdadeiro somente porque são poucos os seus
defensores e seguidores Não. As pequenas seitas geralmente citam a porta
estreita (Mt 7.14) para justificar a perdição de bilhões de pessoas por não
aceitarem seus ensinos absurdos, alegando que poucos entram por ela, tentando
assim fazer você acreditar que so porque são poucos os seus seguidores a
verdade está com eles. Não esqueçamos que “pouco” é relativo. Sessenta milhões
de crentes na China é relativamente pouco para uma população de um bilhão e
duzentos. Todavia, se esse número fosse no continente Europeu seria bastante
expressivo.
Portanto, a nossa fé
não se apoia na adesão de poucos ou de muitos. O prumo das Escrituras ignora
resultados numéricos, embora o mundo moderno ame as estatísticas. Inclusive
alguns cristãos no tocante a evangelização, so se ouve falar de que ganharam
numero X de almas pra o Senhor, porem onde estão essas almas? Que não são
batizadas não contribui não dizimam as igrejas não crescem. Seguir multidões ou
ser multidão não é sinônimo nem antônimo de seguir a Cristo. Somente pela
palavra de Deus podemos identificar se uma pessoa ou um grupo ou organização
detém a verdade, Independente de qualquer coisa, a Palavra de Deus continua
sendo a Palavra de Deus, “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.7).
2- 2 - ANTIGUIDADE
A antiguidade de uma crença ou ensino jamais será
garantia de sua veracidade. O politeísmo é quase tão velho quanto à humanidade,
mas isso não o torna aceitável. Panteístas, astrólogos e reencarnacionistas
gostam de apoiar-se sobre esse fundamento, vangloriando-se de vestígios mesopotâmicos
e egípcios de suas práticas seria bom recordar aqui que o mentor de tudo isso é
um ser bastante antigo inclusive não se tem base fundamentada pra se datar a
sua existência. Mas a verdade não vive de passado, nem de tempo, e não depende
dele pra ser a verdade pois ela resiste a tudo isso inclusive o tempo. Os
antigos podem estar tão errados quantos os modernos. O movimento Nova Era, em
sua adoração ao primitivo e ao antigo, não tem restaurado a verdade, mas, sim,
ressuscitado o paganismo.
Não devemos menosprezar as tradições como desprovidas de
valor, como também não devemos superestimá-las. O catolicismo, ao colocar a
tradição em pé de igualdade com a Bíblia, sancionou erros históricos quando
deveria extirpá-los com a régua de Deus.
O que a Reforma Protestante fez foi apenas começar a
aplicar o padrão divino (leia-se Escrituras Sagradas) depois de séculos de
desvio doutrinário. “E assim invalidaste o mandamento de Deus pela vossa
tradição” (Mt 15.6). Esse tem sido o problema com muitas doutrinas: querem ser
mantidas pelo aval dos anos, quando a história ensina que o tempo desgasta e
distorce ao invés de edificar. Há apenas um única coisa que o tempo jamais
conseguiu e nem conseguirá modificar é a VERDADE.
“Tende cuidado para que
ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a
tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl
2.8)
3- 3 - SUCESSO
Sucesso transformou-se na palavra do momento, capaz de
justificar qualquer comportamento e validar qualquer conceito. As pessoas estão
dispostas a aceitar qualquer ensino, mesmo o evangelho, se este as levar ao
sucesso imediato. Se uma pessoa teve sucesso na vida, então tudo o que ela diz
deve ser verdade; mas se alguém não é bem-sucedido, segundo os padrões
seculares atuais, então o que ele ensina deve ser descartado em favor de outro
ensino melhor. Uma mensagem de “deixa tudo e segue-me” ou “negue-se a si mesmo”
soa muito fracassada. Os mártires já não são bem-vistos, e ninguém mais ouve os
seus ensinos. Mas qualquer líder religioso hoje que demonstre e prometa
prosperidade, felicidade e sucesso são considerados verdadeiro.
Sabemos que a verdade pode tornar alguém bem-sucedido.
Mas isto não significa que alguém bem-sucedido pode tornar qualquer coisa
verdadeira. Pessoas de sucesso podem estar avançando por caminhos que não
pertencem a Deus. Nem toda a fama de Paulo Coelho pode dar validade ao conteúdo
de seus livros. Eles não passam de ficção repleta de ideias pagãs que “matam” e
levam ao inferno ao invés de dar vida.
“Pois tenho para mim que Deus a
nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte. Somos feitos
espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Nós somos loucos por amor de
Cristo, e vós sábios em Cristo! Nós fracos, mas vós sois fortes! Vós sois
ilustres, nós desprezíveis. Até esta presente hora sofremos fome, sede, e
nudez; recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. Afadigamo-nos,
trabalhando com nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos;
quando somos perseguidos, sofremos; quando somos difamados, consolamos. Até ao
presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de
todos” (1Co 4.9-13).
Sinceramente, essa descrição do
ministério apostólico está bem longe do conceito moderno de sucesso. Todavia,
foi escrita por um dos homens que lançaram os alicerces da Igreja e do
evangelho. E que o sucesso na sua concepção extrapolava os limites físicos e
temporais, que são todos efêmeros e passageiros, porem ele sabia e tinha por
certo, “que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a gloria
que em nos há de ser revelada.
4- 4 - MORALIDADE
A verdade de Deus deve produzir justiça e gerar santidade.
Ela não é apenas algo para armazenarmos mentalmente. Temos de “andar na
verdade” (3Jo 3,4), e não simplesmente conhecê-la. Nosso procedimento comprova
a nossa fé.
Por outro lado, é perigoso colocar o comportamento como
fundamento da verdade. As boas obras impressionam de tal forma que muitos
pressupõem que se alguém prega e faz bem ao próximo então seu ensino deve
definitivamente ser verdadeiro. Na verdade, as boas obras devem ser estimuladas
e praticadas, mas elas não confirmam qualquer doutrina. O espiritismo, por um
lado, exalta a caridade e, por isso, conquista o respeito da opinião pública.
Por outro lado, no entanto, fomenta a consulta e incorporação dos chamados “espíritos
de luz”, levando muitos ao pecado e à influência satânica. Suas boas obras,
porém, não podem justificar seus erros.
O apóstolo Paulo muitas vezes defrontou-se com homens que
por um lado apresentavam aparência de justiça mas, por outro, sustentavam
ensinos contrários ao evangelho. Certas ocasiões, os discípulos de Paulo
ficavam perplexos, mas tinham de concordar com ele quando a situação exigia que
alguns homens que aparentemente viviam uma vida justa precisavam ser
condenados. Em uma dessas ocasiões a resposta do apóstolo aos seus discípulos
foi: “E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.
Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da
justiça. O fim deles será conforme as suas obras” (2Co 11.14,15).
Todos os que servem a Deus devem ser justos, mas nem
todos aqueles que possuem aparência de justiça servem a Deus. O amor não é
equivalente à verdade, embora os dois tenham de andar juntos.
5
- Beleza
Hoje, o mundo procura um Deus estético, e não um Deus
ético. Todos querem uma religião de aparência, que pareça bonita, sem se
importar se ela é verdadeira ou não. Trocam facilmente o conteúdo pela forma.
Os muçulmanos gostam de dizer que uma das provas da inspiração do Alcorão é a
sua beleza. Que eles nos perdoem, mas se esse fosse o caso, a Bíblia ganharia
de longe. O poeta libanês Kalil Gibran orou a Deus e disse: “Dizer a tua
verdade, envolta em tua beleza”. Não podemos negar a beleza de seus versos, mas
também não podemos considerá-los infalíveis. Só as Escrituras são infalíveis,
mesmo quando não são belas.
Nem tudo o que é belo é necessariamente bom e verdadeiro.
Nem tudo o que é verdadeiro tem de ser necessariamente belo, mas com certeza é
bom. Não podemos esquecer que aquele que é a Verdade, quando esteve entre nós,
“não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza
víamos, para que o desejássemos... Como um de quem os homens escondiam o rosto,
era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.2,3). Se buscarmos somente
a beleza por certo a encontraremos em muitos lugares. Mas se buscamos a verdade
só a encontraremos na Palavra de Deus.
Um belo hino, uma pregação eloqüente e um texto
bem-escrito podem facilmente conter inverdades que serão aceitas por causa de
sua beleza. Pior que um veneno, é um veneno gostoso, perfumado e bem-embalado.
Isso é típico de Satanás. Diz a Bíblia sobre ele: “corrompeste a tua sabedoria
por causa do teu resplendor” (Ez 28.17). Não podemos nos esquecer: o pai da
mentira é um belo ser.
6
- Agradabilidade
Ninguém se tornará popular pregando a doutrina do
inferno. Ela não agrada aos ouvidos. Os que rejeitam a idéia de um inferno de
fogo, onde os ímpios passarão a eternidade, não a rejeitam por não ser bíblica,
mas por sua dureza. Da mesma sorte, os que a pregam não o fazem com um senso de
prazer, mas de fidelidade às Escrituras. A verdade nem sempre é totalmente
doce. “Fui, pois, ao anjo, e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele:
Toma-o, e come-o. Ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como
mel” (Ap 10.9).
As pessoas têm a tendência de “adocicar” a mensagem que
pregam para não repelir os ouvintes, e fazem isso extraindo de seu conteúdo
elementos que possam causar algum desconforto. É uma atitude perigosa, e pode
comprometer tanto o que ensina quanto o que ouve. “Duro é este discurso. Quem
poderá ouvi-lo?” (Jo 6.60). O rico foi embora porque Jesus não quis suprimir as
exigências da salvação (Mc 10.21,22). Não que a verdade seja um monte de
espinhos ou que tem por obrigação incomodar as pessoas. Mas apegar-se a um
ensino somente porque ele traz conforto e nenhuma repreensão é correr grave
risco.
Deus é bom e justo. Abraçar sua bondade e rejeitar sua
justiça tem sido a atitude de muitos. Um Deus que julga, condena e castiga o
pecado tem-se tornado cada vez mais impopular. A LBV chega ao ponto de
interceder por Lúcifer para que ele seja salvo e o universalismo prega a
salvação de todos os homens. São colocações agradáveis em termos de religião,
mas não são verdadeiras, portanto não salvam.
7
- Erudição
As palavras erudição e verdade não são sinônimas. Porque
alguém sabe muito, não significa que saiba a verdade. É muito fácil se
impressionar com a cultura de uma pessoa e achar que pelo seu grande
conhecimento ela deve estar certa em suas afirmações. Em se tratando das coisas
de Deus, a cultura pode ser irrelevante. É claro que muitos dos escritores
inspirados da Bíblia apresentavam cultura e erudição, mas não foram essas
coisas que confirmaram a Palavra de Deus como padrão. Ao lermos as epístolas de
Paulo, não é a erudição do autor humano que importa, mas a inspiração do Autor
divino. “Os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, mas nós pregamos
a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1C o
1.22). Sócrates, Platão e Aristóteles tiveram sua importância histórica, mas
não foi por eles que a verdade de Deus se estabeleceu. Nesse aspecto, o
iletrado Pedro foi instrumento de Deus para proclamar a verdade inspirada.
Homens como Marx, Engels e Nietzsche foram filósofos de
conhecimento e profundidade extraordinários. Mas seus ensinos se mostraram
falsos e destrutivos ao longo da história. Até o pensamento científico, visto
como árbitro de todas as afirmações, já defendeu enormes absurdos. Não
rejeitamos a ciência, mas também não podemos tomá-la por infalível. Só Deus é
infalível. Somente a sua Palavra determina o que é certo e o que é errado, o
que é falso e o que é veraz: “Disto também falamos, não com palavras de
sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina...” (1Co 2.13).
8
- Convicção
É mais comum do que se pensa errar com convicção. “Há um
caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” (Pv 14.12
). Alguém pode pregar e ensinar o erro com mais entusiasmo do que aqueles que
ensinam a verdade. Uma crença não é verdadeira somente porque seus seguidores
se dispõem a morrer por ela. O martírio pode honrar a verdade, mas jamais pode
tornar verdadeiro aquilo que é falso. Sem dúvida, Hitler estava totalmente
convencido das idéias loucas do nazismo e as proclamou com tamanha convicção
que conseguiu influenciar uma nação inteira. Esse fato, porém, não tornou (e
não torna) a doutrina nazista veraz.
Principalmente quando no meio de uma massa, o ser humano
tende a ser sugestionado pelos sentimentos e começa então a reagir como o
grupo. Qualquer pessoa que proclame algo com insistência pode influenciar
outras a aceitarem coisas que não são verdadeiras. Em Atos 17.10,11, aconteceu
algo interessante. Os irmãos da cidade de Beréia, para onde Paulo e Silas foram
enviados, receberam de bom grado a pregação desses dois homens de Deus, mas não
deixaram de examinar nas Escrituras para ver se o que falavam era de fato
verdadeiro: “Ora, estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom
grado receberam a palavra, examinando a cada dia nas Escrituras se estas coisas
eram assim”.
Conclusão.
“À
lei e ao testemunho”
Não rejeitamos a popularidade, a tradição, o sucesso, a
moralidade, a beleza, os benefícios, a erudição e a convicção resultantes da
verdade. Mas não podemos considerar essas coisas um padrão para a nossa fé.
Cremos na Palavra de Deus como única norma. A importância em excesso conferida
a outras coisas tem afastado muitos do Caminho. E o pior: tem lhes causado um
sentimento de segurança e satisfação que os impede de ver a verdade.
Temos de conhecer os verdadeiros fundamentos da nossa fé
e esperança, e sobre esses fundamentos construir os alicerces de nossa
existência.
“À lei e ao testemunho! Se
eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” (Is 8.20).
Artigo extraído e adaptado
da revista defesa da Fé de Nº 50.
"Quando DEUS trabalha O HOMEM muda!"
Prof. Abdias Barreto.
Contatos: (85).8857-5757.
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